Reunião do movimento sindical com Santander em Joinville
Joinville – Fim do projeto de abertura das agências às 8h30, fim das equipes de gerentes no autoatendimento, fim do assédio moral e mais contratações de bancários foram os temas debatidos em importante reunião no auditório do Sindicato dos Bancários de Joinville e Região, nesta sexta-feira, 14/07, entre o Banco Santander (Brasil) S/A e o movimento sindical.
O Santander foi representado pelo seu Superintendente Regional, Sr. Clodoaldo Viana Fernandes e o Sr. Roberto Andrin e o movimento sindical foi representado pelo presidente do Sindicato, o Sr. Valdemar Bruno da Luz Filho, o presidente do SEEB Jaraguá do Sul, Sr. Odilon Fernandes, o presidente do SEEB São Bento do Sul, Sr. Roberto Odenir Ortiz e a presidente do SEEB Caçador, Sra. Marcia Lapolli.
Na pauta, o novo horário de abertura das agências do Santander na região Sul, questões sobre segurança, assédio e outros assuntos de interesse dos funcionários da instituição financeira. A reunião foi mediada pelo presidente do SEEB Joinville, Sr. Valdemar Luz.
“Nosso Sindicato é contra estes novos projetos do banco, que pioram a vida dos empregados. Com a agência aberta às 8h30, os trabalhadores ficam sem condições de realizarem suas tarefas que eram realizadas antes da abertura das agências. E se não bastasse, o banco continua pressionando por metas. O fato de equipes se revezarem no autoatendimento, antes da porta-giratória, é um perigo à segurança dos funcionários que ficam expostos. Temos de resolver também esta incômoda situação de gestores, seja operacional ou comercial, que estão acabando com a vida dos trabalhadores através de assédio”, asseverou Valdemar Luz.
Abertura das agências às 8h30
O movimento sindical pediu o fim deste projeto. O banco respondeu que o Banco Central e a Febraban validaram esta situação, e que é um projeto a nível nacional, sendo experimental nas agências do sul do país. Os representantes dos trabalhadores cobraram então mudanças em determinados procedimentos nas agências, como autenticação nos caixas e as famigeradas reuniões antes das 11h. O banco respondeu que vai verificar, pois o atendimento é gerencial, apenas e que não pode haver atendimento nos caixas. Também se comprometeu a observar o procedimento de que devem haver equipes previamente estabelecidas, uma para o atendimento e outra para os afazeres internos. A orientação da superintendência é que não haja mais reuniões neste período. Os sindicalistas pediram que seja avaliado a relação de porte das agências, pois existem diferenças gritantes entre uma agência e outra para atenderem a este projeto. O banco concordou e vai proceder estudo. Os sindicalistas afirmaram que seguirão com investigações in loco nas agências e não descartam manifestações.
Grupos de empregados se revezando no autoatendimento
O movimento sindical pediu o fim deste projeto. O banco voltou a responder que o Banco Central e a Febraban validaram tal serviço e que não veem riscos envolvidos. Os representantes dos trabalhadores arguiram que existe sim a falta de segurança, pois os trabalhadores ficam desprotegidos antes da porta giratória. O banco disse que é comum algum empregado trazer o cliente para ensinar a operar as máquinas de autoatendimento, assim sendo também ficam expostos. O movimento sindical respondeu que neste caso, é um rápido atendimento, bem diferente de uma equipe ficar plantada por horas aquém da porta. Também não entendem como colocar funcionários altamente treinados para tarefas que não demandam atendimento especializado. Como na outra questão, os sindicalistas afirmaram que seguirão com investigações in loco nas agências e não descartam manifestações.
Questões pontuais de assédio moral e falta de funcionários
O movimento sindical cobrou providências sobre determinadas agências onde os funcionários vem sendo vítimas de cobranças abusivas, controle de idas ao banheiro, controle do quanto se bebe de água, reuniões de pate papo realizadas em pé, por longo período, cobrança de metas por WhatsApp, exposição de funcionários em vídeo e falta de funcionários. O banco prometeu cuidar do assunto imediatamente, pois entende que o Sindicato é como um agente certificador de gestão, e quer trabalhar lado a lado, resolvendo todas as questões dentro de sua alçada.
“Eu ainda tenho esperança que nossos bancários amem esta carreira e esta profissão tão linda. Mas as ações de alguns gestores estão destruindo o que restou de paixão nos corações de nosso funcionalismo. Vamos resolver estas questões de forma enérgica! Não é possível que em 2017 trabalhadores tenham de buscar psiquiatras para aguentar determinados gestores. Vamos fiscalizar todas as agências de todos os bancos. Não vamos arredar um palmo, chega de sofrimento aos bancários!”, disse Valdemar Luz.
“Estamos felizes de poder ter este diálogo aberto, franco e fraterno com nossos colegas representantes do Santander. O trabalhador valorizado tem condições de contribuir muito mais com sua empresa. Vamos trabalhar juntos para encontrar soluções que suavizem a vida de nossos trabalhadores do banco”, concluiu o presidente.
A Federação dos Bancários de Santa Catarina, com sede em Florianópolis, vai enviar ofício para a direção do Banco Santander em São Paulo.
Em Joinville, nova reunião de avaliação será marcada futuramente. Redação Bancários Joinville