Prioridade dos financiários é manter direitos previstos na CCT
São Paulo – A 3ª Conferência Nacional dos Financiários definiu, na sexta-feira 4, a pauta de reivindicações que deverá ser apresentada à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), para a Campanha Nacional 2018. A data base da categoria é 1º de junho.
Jair Alves, coordenador do coletivo dos financiários, afirma que o objetivo dos trabalhadores é manter a atual Convenção Coletiva de Trabalho, com ajustes.
“Esta será a primeira negociação após a reforma trabalhista. Por isso temos de garantir a manutenção dos nossos direitos, de forma que a nova lei não nos afete.”
Antes de ser apresentado à bancada patronal, a pauta passará pela avaliação do Comando Nacional dos Bancários e da categoria, por meio de assembleias.
A Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE) registra a existência de 5.624 financiários em dezembro de 2016. A categoria representa 0,7% do total de empregos no sistema financeiro formal (853.575).
Quando se observa a evolução do emprego no setor financeiro no período compreendido entre 2006 e 2016, nota-se que os financiários tiveram aumento de 17,3% no emprego, passando de 4.796 trabalhadores em 2006 para 5.624 em 2016. Tal crescimento foi inferior à média observada para o sistema financeiro (28,7%).
Por outro lado, as financeiras aumentaram significativamente a contratação de correspondentes bancários no período. Em dezembro de 2007, as financeiras haviam contratado 4.134 correspondentes. Em dezembro de 2016, esse número subiu para 34.568, representando 736,2% mais.
A remuneração média dos financiários aumentou 15,5% em termos reais, entre 2006 e 2016, ganho superior à média do setor financeiro (7,6%).
Quanto ao perfil, os dados dos Registros Administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, demonstram que as mulheres são maioria (57%) entre os financiários, porém, recebem remunerações, em média, 31,9% inferiores à dos homens. SEEB – São Paulo