Campanha Salarial

Bancos frustram primeira rodada de negociação

São Paulo – A primeira rodada de negociação com os bancos, nesta quinta-feira 28, foi frustrante para os trabalhadores. A Fenaban (federação dos bancos), além do atraso na reunião, não levou para a mesa nenhuma resposta sobre o pré-acordo para garantir a validade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) depois de 31 de agosto, proposta que foi apresentada pela Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociações – CEBNN/CONTEC, que representa os trabalhadores na mesa de negociação, já na entrega da pauta, ocorrida em 13 de junho. E também não foi estabelecido nenhum calendário para as próximas negociações. A única data estabelecida foi 12 de julho para a segunda rodada.

“Mesmo com a pauta já tendo sido entregue no dia 13, os banqueiros não trouxeram contrapropostas. Era esperado que pelo menos saíssemos desta primeira rodada com o pré-acordo garantido, pois ele é fundamental diante do fim da ultratividade”, assevera o presidente do Bancários Joinville, Valdemar Luz.

Ultratividade

O princípio da ultratividade, extinto pela danosa Reforma Trabalhista, garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro. Assim, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária perde a validade em 31 de agosto deste ano. “Como estamos alertando nas agências e em nossas redes, sem um pré-acordo, todos os nossos direitos previstos na CCT, conquistas históricas da categoria dos bancários como jornada de seis horas, PLR, vale-refeição, tudo está sob risco. Mobilização é nossa maior força – estejamos preparados para a luta”, destaca Luz.

Segunda rodada – 12 de julho

A segunda rodada foi marcada para 12 de julho, às 15h, por conta da agenda dos bancos. Este ano, a Fenaban chega à mesa com novo negociador: Adauto de Oliveira Duarte assumiu o cargo, substituindo Magnus Apostólico.

Transmissão ao vivo

O Bancários Joinville transmitiu a negociação diretamente da mesa pelo seu canal no Twitter.

Reivindicações

Nesta campanha salarial – conforme ficou definido no Encontro Nacional, realizado em São Paulo de 25 a 27 de maio -, os bancários reivindicam reajuste com base no INPC dos últimos doze meses (setembro/2017 a agosto/2018) mais aumento real de 5%, e aumento real de 10% sobre verbas e benefícios, como vale-alimentação e cesta-alimentação.

Além da questão salarial, a classe pede ainda:
– Contratação de mais bancários para atender a demanda de serviços e evitar a extrapolação da jornada de trabalho;
– Que as homologações das rescisões de trabalho voltem a ser realizadas nos sindicatos, já que alguns bancos, entre eles o Santander, Itaú e Banco do Brasil, vêm realizando essas homologações em suas agências, brecha essa aberta pela reforma trabalhista;
– Maior participação na PLR;
– Fim das metas abusivas e do assédio moral;
– Fim das terceirizações;
– Melhoria da segurança nas agências;
– Melhoria no ambiente de trabalho para prevenir e combater as doenças ocupacionais.

“Precisamos da união da categoria para esta campanha”, destaca Valdemar Luz. “Os bancários não fogem à luta. Os bancários são o Sindicato e o Sindicato são os bancários, por isso não temos qualquer dúvida sobre mais uma vitória histórica da categoria”, conclui. SEEB – São Paulo com edição Bancários Joinville

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