Estudo aponta barreiras ao acesso igualitário a postos de liderança
No Brasil, 80% acreditam ser a deficiência o maior impedimento para se alcançar postos de liderança, seguido por orientação sexual (76%), raça (72%), gênero (69%) e religião (57%)
Como parte de um estudo que analisa a liderança e a comunicação nas empresas, pesquisa online realizada pela empresa de comunicação Ketchum com 3.001 participantes, em dez países, aponta que 67% acreditam que a deficiência seja o principal impedimento para se alcançar postos de liderança, seguido por orientação sexual (59%), raça (55%), gênero (53%) e religião (47%). Esse sentimento de desigualdade é ainda maior em países como Brasil, Japão e Espanha, pois 80% dos brasileiros acreditam ser a deficiência a maior barreira, seguida por orientação sexual (76%), raça (72%), gênero (69%) e religião (57%).
De acordo com a Ketchum, o trabalho revela uma profunda desigualdade quando a questão é a oportunidade para se alcançar posições de liderança. Ao serem perguntados qual seria a solução mais eficaz para alcançar a igualdade, a maioria dos participantes respondeu ações das próprias empresas (53%) e responsabilidade individual (51%). O quesito Novas leis e legislações ficou em terceiro lugar, com 48%. No Brasil, porém, o cenário é diferente, 63% dos participantes acham que atuar por meio da política seja a forma mais viável para diminuir a desigualdade.
Apesar de gênero ter ficado em penúltimo lugar como barreira para oportunidade de liderança, 61% dos participantes confiam mais em homens para liderar nos próximos cinco anos do que em mulheres (39%), resultado que se manteve estável em relação ao ano passado. Já, no Brasil, 58% dos brasileiros têm mais confiança nos líderes masculinos e 42% em líderes femininas, diferença que aumentou consideravelmente na comparação com 2015, quando o resultado praticamente se igualou (51% homens x 49% mulheres).
Esta foi a quinta edição do Ketchum Leadership Communication Monitor (KLCM). Participaram pessoas em geral dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, China, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, além de Brasil, Japão e Espanha. A margem global de erro é +/-1.79%. Toda a coleta de dados foi realizada pela Ipsos Observer. Estadão /Diretoria Executiva da CONTEC