Banco Pan tem lucro de R$ 117,7 milhões no 2° trimestre
O Banco Pan obteve lucro líquido de R$ 117,7 milhões no segundo trimestre, um salto de 179% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento das operações de crédito ajudou a instituição a melhorar o resultado.
O banco, controlado pelo BTG Pactual e pela Caixa, terminou junho com saldo de R$ 22,536 bilhões na carteira de crédito, o que significa crescimento de 16% em um ano. O volume foi impulsionado pelas operações de financiamento de veículos e crédito consignado, principais produtos da instituição. A taxa de inadimplência baixou de 5,7% para 5,3% na mesma base de comparação.
O ritmo de originação de crédito aumentou para R$ 4,842 bilhões no segundo trimestre, 19% superior ao verificado em igual intervalo do ano passado. Também houve crescimento de 2% frente ao primeiro trimestre, apesar da desaceleração da economia.
A margem financeira líquida do Pan ficou em R$ 1,056 bilhão entre abril e junho em termos gerenciais, o que representa uma alta de 18% na comparação com o segundo trimestre de 2018. Enquanto isso, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 10%, para R$ 341 milhões.
De acordo com o Pan, no entanto, o custo do crédito ficou relativamente estável na carteira de varejo. O aumento das despesas com PDD reflete a decisão de provisionar praticamente toda a carteira imobiliária voltada a pessoas jurídicas e de antecipar reservas relacionadas a operações com empresas — dois segmentos dos quais o banco está saindo.
As despesas administrativas e de pessoal aumentaram 4% na comparação anual, para R$ 290 milhões. O Pan está em processo de digitalização de suas operações, o que ajuda a manter os custos sob controle.
Está nos planos da instituição lançar uma conta digital no segundo semestre, com o objetivo de se tornar um banco completo — e não apenas de crédito — voltado às classes C, D e E. O Pan também informou nesta terça-feira que estuda alternativas, como uma oferta de ações, para recompor o percentual mínimo de suas ações em circulação. O Valor antecipou em junho que o banco pode fazer um follow-on para dar saída parcial à Caixa e se enquadrar nas exigências de “free float”. Valor Econômico