BancosGeral

Com Bolsonaro sobem desemprego e lucro dos banqueiros

São Paulo – A política econômica focada na redução de direitos trabalhistas e previdenciários, no corte de investimentos públicos e nas verbas para setores como educação, saúde, previdência e ciência e tecnologia, tem mantido estagnada a economia brasileira.  Mas os donos dos três maiores bancos privados do país – Itaú, Bradesco e o espanhol Santander, estão felizes da vida. Afinal, o projeto do governo Bolsonaro e do banqueiro e ministro da Economia Paulo Guedes, é voltado para enriquecer ainda mais os grandes grupos empresariais, sobretudo os bancos.

Enquanto o desemprego subia e a economia e os salários rastejavam, Bradesco, Itaú e Santander lucraram juntos R$ 33,7 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 13%. É prenúncio de novo recorde anual. Em 2018, o trio teve ganhos inéditos, 56,7 bilhões. Apenas no primeiro semestre de 2018, foram R$ 28,9 bilhões.

Com Bolsonaro, trabalhadores não tiveram o que comemorar, até porque foram os mais prejudicados pelas medidas do governo.  De janeiro a junho, o número de desempregados subiu. Era de 12,2 milhões de pessoas em dezembro de 2018 e chegou a 12,8 milhões, conforme o IBGE. A taxa de desemprego foi de 11,6% a 12%. Talvez isto ajude a explicar a queda vertiginosa da popularidade de Bolsonaro.

Aumentou também a quantidade de brasileiros que desistiram de procurar vaga por achar inútil, o chamado desalento. Eram 4,7 milhões no fim de 2018 e 4,9 milhões em junho, um recorde. Nesse período, o salário quase não se mexeu. A média era de 2.254 reais em dezembro e foi a 2.290 reais em junho, segundo o IBGE. Desde 2012 o salário oscila entre 2,2 mil e 2,3 mil.

Demissões no sistema financeiro

A ganância foi a principal marca dos bancos também neste ano de 2019. Mesmo lucrando alto, demitiram a rodo. Segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), feita pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no primeiro semestre de 2019, os bancos fecharam 2.057 postos de trabalho no país. O levantamento tomou como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempegados (Caged). Desde 2013, o saldo acumulado mostra uma redução de 62,7 mil postos na categoria.

As demissões seguem a lógica de cortar custos a qualquer preço, aumentando a sobrecarga e assim o adoecimento na categoria bancária. Com a mesma visão, os bancos arrocham os salários através da demissão em massa e a contratação de novos bancários com salários bem menores. Segundo o Dieese, entre janeiro e junho de 2019, ocorreram 15.222 admissões e 17.279 demissões nos bancos. O saldo na categoria foi de 2.057 postos de trabalho a menos em todo o país. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal foram os estados com maiores saldos negativos.

webmaster

A página do Sindicato dos Bancários de Joinville é um instrumento de informação, formação e interação com a categoria e a comunidade em geral.

Deixe um comentário