Lucro do Santander cresce acima das expectativas e soma R$ 1,8 bi no 2º trimestre
O Banco Santander Brasil encerrou o segundo trimestre com lucro líquido gerencial, que não exclui o ágio da compra do Real, de R$ 1,806 bilhão, o que representa um crescimento de 7,8% sobre o mesmo período de 2015, de R$ 1,675 bilhão.
O resultado superou em 25% as expectativas de analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real do Grupo Estado. A média de 12 casas (Deutsche Bank, Banco Safra, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Brasil Plural, Morgan Stanley, UBS, Votorantim e três que preferiram não ser identificadas) indicava resultado de R$ 1,446 bilhão no período de referência.
A instituição também informa o lucro líquido societário do segundo trimestre, que foi de R$ 1,347 bilhão, ante R$ 1,213 bilhão no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 11,1%. Em um ano, quando somou R$ 3,881 bilhões, o montante foi 65,3% menor. Na ocasião, houve um evento extraordinário que gerou uma receita de R$ 4,8 bilhões referente à reversão de provisões fiscais relativas à Cofins, contabilizado na linha de outras receitas operacionais e despesas tributárias.
O patrimônio líquido do Santander no período de abril a junho soma R$ 56,779 bilhões, 0,2% acima de igual intervalo de 2015 e aumento de 4,3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
A carteira de crédito total ao final de junho estava em R$ 244,284 bilhões, queda de 4% em doze meses e de 1,6% ante março. Já a carteira ampliada, que inclui as outras operações com risco de crédito, ativos de adquirência e avais e fianças, foi a R$ 308,377 bilhões no segundo trimestre, queda de 1,2% ante o primeiro trimestre e 4% em relação a um ano antes.
No semestre, o lucro líquido gerencial do Santander somou R$ 3,466 bilhões no primeiro semestre de 2016, alta de 4,8% em doze meses, quando ficou em R$ 3,466 bilhões. No critério societário, o resultado foi de R$ 2,560 bilhões, 43,9% inferior aos R$ 4,565 bilhões registrados um ano antes por conta do reconhecimento de receita extraordinária referente à reversão de provisões fiscais relativas à Cofins.
Inadimplência. O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando os atrasos acima de 90 dias, reduziu 0,1 ponto porcentual no segundo trimestre, para 3,2% em relação aos três meses anteriores. Em um ano, ficou estável. Apesar disso, o indicador de curto prazo, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, piorou 0,7 p.p., passando de 4,8% no primeiro trimestre para 5,5% no segundo.
Na inadimplência de 90 dias, a melhora veio de pessoa física, cujo indicador de atrasos melhorou de 4,7% ao final de março para 4,4% ao término de junho. Na contramão, a pessoa jurídica passou de 2,1% para 2,2%.
Já no índice de curto prazo, o aumento, segundo o banco, decorre de um caso pontual no segmento de grandes empresas e não reflete uma piora generalizada no segmento. Por esta razão, o segmento de pessoa jurídica teve aumento de 1,6 p.p. em doze meses e de 1,2 p.p. em três meses, atingindo 4,2%. Já a inadimplência de pessoa física apresentou alta de 0,1 p.p. em doze meses e melhora de 0,1 p.p. em três meses.
As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, as chamadas PDDs, do Santander totalizaram R$ 3,312 bilhões no segundo trimestre, aumento de 11,63% sobre um ano, quando foi de R$ 2,967 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, quando estava em R$ 3,028 bilhões, a alta foi de 9,4%.
No primeiro semestre, as despesas com PDDs do Santander foram a R$ 6,341 bilhões, elevação de 14,6% ante os R$ 5,535 bilhões registrados um ano antes. Já o resultado de crédito de liquidação duvidosa, que compreende as receitas obtidas com a recuperação, cresceu 11,0%.
O saldo de PDDs do Santander alcançou R$ 16,546 bilhões ao final de junho, aumento de 9,7% em um ano, quando estava em R$ 15,080 bilhões. Em relação a março, quando somou R$ 16,396 bilhões, subiu 0,9%.
O índice de cobertura do Santander atingiu 209,3% no segundo trimestre, aumento de 24,6 p.p. em doze meses e de 9,2 p.p. em três meses. O indicador, obtido por meio da divisão do saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa, pelo saldo das operações vencidas há mais de 90 dias, segundo o banco, evidencia uma posição “sólida e confortável”. O Estado de S.Paulo / Diretoria Executiva da CONTEC