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Coronavírus: Direção da Caixa desorienta e desconsidera vidas

Brasília – A curva de contaminação e mortes causadas pelo novo coronavírus não mostra sinais de diminuição no Brasil, e mesmo assim a direção da Caixa Econômica Federal adotou a postura de lavar as mãos a fim de se eximir de eventuais fatalidades, já que não há qualquer normativo do banco definindo as orientações.

Para piorar, em uma live realizada na quarta-feira 16, a vice-presidente de Pessoas, Girlana Granja Peixoto, reforçou que a gestão da Caixa deixará a cargo das chefias das áreas o retorno presencial ao trabalho.

A desorientação resultou em uma grande dúvida entre os empregados. Algumas áreas estão sendo instruídas a estabelecerem o retorno de 50% do quadro para determinadas funções. Mas esta orientação não foi escrita.

“Orientação que não foi documentada implica no risco de ficar o dito pelo não dito, o que poderá resultar em imputação de responsabilização pelo prejuízo à saúde e à vida da população e dos trabalhadores, e os gestores responderão civil e criminalmente no caso de alguma fatalidade”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

O movimento sindical enviou ofício para as superintendências de rede, que devem manter o rodízio e os protocolos de saúde sob pena de responsabilização civil e criminal por tomada de decisão contrária a preservação da saúde ou omissão.“A omissão também causa um problema grave, pois há casos de chefias que deixam para os seus subordinados a decisão de retorno ao trabalho. Mas se houver consequências para a vida e a saúde das pessoas, o superior hierárquico será responsabilizado”, reforça Dionísio.

Quinta-feira 23, use a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil

Os empregados da Caixa de todo o Brasil realizam, nesta quinta-feira 23, a partir das 11h, Dia Nacional de Luta Virtual. A partir das 11h, use a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil nas publicações no Twitter, Facebook, Instagram e demais redes.

A iniciativa tem o objetivo de pressionar a direção do banco e o governo Bolsonaro a respeitar a Caixa e seus empregados, bem como conscientizar a população sobre a importância do banco público e os desrespeitos que os seus trabalhadores vêm enfrentando mais acentuadamente desde o golpe de 2016.

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