Campanha Salarial 2020: Segunda negociação com Banco do Brasil
Joinville – A segunda mesa de negociação específica do Banco do Brasil, dentro da Campanha Salarial dos Bancários 2020 debateu o tema emprego. Os representantes dos trabalhadores cobraram a ampliação dos postos de trabalho no banco público.
Na reunião on-line realizada na tarde desta sexta-feira 7, os representantes dos trabalhadores protestaram enfaticamente contra o corte de postos de trabalho e o fechamento de agências, que reforça a política de sucateamento da empresa pública sob a gestão de Bolsonaro e Paulo Guedes.
O balanço do primeiro semestre do BB informa que no período de 12 meses encerrados em junho foram eliminados 3.694 postos de trabalho, sendo 283 apenas no segundo trimestre de 2020.
Além disso, foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, desde junho de 2019, sendo uma agência e 28 postos de atendimento extintos no trimestre.
Cargos técnicos
Foram discutidas várias cláusulas de emprego contidas na pauta específica de reivindicações do BB, em especial a que aborda os cargos técnicos do banco, como engenheiros e advogados. Uma ação do Ministério Púbico reivindica que esses funcionários deveriam ter sido contratados por concurso público específico. O movimento sindical é contrário a esta tese, e por isso reivindica garantias específicas para esses bancários.
Os representantes do banco responderam que é impossível discutir esta questão no momento, porque existe um processo judicial que precisa ser julgado antes de serem discutidas cláusulas pontuais referentes a esta questão.
Escritórios digitais
Também foi cobrado o aprofundamento dos debates sobre as condições de trabalho nos escritórios digitais. Os representantes dos trabalhadores enfatizaram que o home office não exclui esta pauta. O banco se comprometeu a implantar uma mesa de negociação exclusiva sobre escritório digital, com acompanhamento específico.
Funcionários de bancos incorporados
Os sindicalistas também cobraram respostas sobre os direitos dos funcionários de bancos incorporados. O banco se comprometeu a implantar uma mesa de negociação para discutir a situação destes trabalhadores, uma questão que já estava assegurada Acordo Coletivo de Trabalho anterior, mas cujos debates foram adiados, primeiro por causa da situação econômica da Cassi, que teve de ser resolvida com urgência em 2019, e depois, por conta da pandemia.
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Confira as negociações até o presente momento (07/08)
• Dia 04/08 – FENABAN: Teletrabalho, Ultratividade, Garantia de emprego, Comissões temáticas
• Dia 05/08 – BANCO DO BRASIL: Teletrabalho
• Dia 06/08 – FENABAN: Emprego
• Dia 07/08 – BANCO DO BRASIL: Emprego
• Dia 07/08 – CAIXA FEDERAL: Teletrabalho
• Dia 11/08 – FENABAN: Saúde e Condições de trabalho
• Dia 12/08 – CAIXA FEDERAL: Saúde e Segurança
• Dia 13/08 – FENABAN: Igualdade
• Dia 14/08 – FENABAN: Cláusulas Sociais
• Dia 17/08 – CAIXA FDERAL: Igualdade e Cláusulas Sociais
• Dia 18/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 19/08 – CAIXA FDERAL: Cláusulas Sociais
• Dia 20/08
• Dia 21/08
• Dia 25/08
• Dia 26/08
• Dia 27/08
• Dia 28/08
As datas sem temas definidos serão para discussão de outros assuntos e de pontos pendentes das mesas anteriores. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as negociações serão feitas por videoconferência.
Entre as principais reivindicações da categoria para 2020 estão: reposição da inflação mais aumento real de 5%; PLR de três salários mais parcela fixa de R$ 10.742,91; manutenção de todas as cláusulas da CCT; e cláusula nova garantindo direitos no regime de home office.