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Trabalho presencial para grupos de risco ameaça saúde dos bancários

A exigência dos bancos para a volta ao trabalho presencial de todos os bancários de grupos de risco com comorbidades que estavam afastados por conta da Covid-19 é vista com muita preocupação pelo movimento sindical. O Sindicato dos Bancários de Joinville, a FEEB-SC/Federação dos Bancários de Santa Catarina e a CONTEC/Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito estão empenhados na solução deste problema.

O presidente da CONTEC Lourenço Ferreira do Prado expressou sua indignação e chamou de irresponsável a postura adotada por alguns bancos em tomar decisões unilaterais sem a participação dos representantes dos trabalhadores e defende uma solução negociada, pois a pandemia não acabou e ainda oferece risco à saúde da população, principalmente àqueles dos grupos de risco.

“Assim como no início da pandemia tomamos decisões conjuntas com os bancos por meio de discussões em busca de medidas para proteger os bancários da Covid-19, devemos participar também do planejamento para o retorno dos bancários de maneira segura. É hora de ter calma para buscar o melhor caminho para resolver o problema e não tomar decisões precipitadas que coloquem em risco a vida de trabalhadores”, diz o presidente da Contec.

“Grande parte da população ainda não se vacinou, sabemos dos riscos mesmo entre esses, pois a vacina não imuniza 100% e ainda existem muitas dúvidas sobre a pandemia do novo coronavirus”, ressalta o presidente do Bancários Joinville, Valdemar Luz.

Ministros da Saúde dos países do G7 se reuniram em caráter de urgência em Londres, na última segunda-feira (29), para discutir como frear a disseminação da Ômicron. A variante ômicron do coronavirus representa um risco muito elevado para o planeta, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização também afirmou que há muitas dúvidas sobre a variante especialmente sobre o perigo real que representa.

“Tal medida adotada pelos bancos é injusta e desumana, visa apenas o lucro e não leva em consideração a saúde e a vida do trabalhador. A maneira que os bancários estão sendo informados de sua volta ao trabalho presencial vem causando medo e revolta entre eles e isso não podemos permitir”, concluiu Lourenço.

O movimento sindical busca uma negociação com os bancos para discutir o problema e encontrar a melhor saída.

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