Comissão de Empregados cobra Itaú por pressões e medidas disciplinares
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, se reuniu com a direção do banco para tratar das advertências aplicadas por conta da falta de certificação CPA entre os funcionários.
Durante a reunião, ocorrida na manhã desta segunda-feira 19, o Itaú informou que suspendeu as advertências emitidas até o momento e concederá um prazo até setembro para que os funcionários regularizem sua situação.
Atualmente, o banco conta com 33 mil funcionários, dos quais apenas 400 ainda não possuem a certificação. O COE cobrou que o prazo seja estendido, pois o período até setembro é insuficiente para a regularização, e reforçou que os bancários não podem ser desligados por justa causa devido à ausência da certificação.
A resolução do Banco Central não exige que todos os bancários de agências sejam certificados, sendo a certificação obrigatória apenas para aqueles que atuam na distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivados. Portanto, a prática do Itaú de demitir por justa causa nessa circunstância é contestada pelos representantes dos trabalhadores.
Além disso, os dirigentes solicitaram que os casos sejam avaliados individualmente, com especial atenção para os funcionários que, por motivos de saúde ou outras questões que comprometam a concentração, não conseguem ser aprovados na certificação. O banco se comprometeu a analisar a possibilidade de ampliação do prazo e de permitir a avaliação individual desses casos.
Outro ponto levantado pela COE foi a necessidade de uma reunião específica para debater as medidas disciplinares que o banco vem aplicando nos funcionários. Nos últimos tempos, muitos trabalhadores têm procurado os sindicatos relatando demissões por justa causa, e a COE busca entender como essas medidas estão sendo implementadas.
Além das pressões para bater metas, do fechamento de agências, da terceirização, o bancário do Itaú agora vive o terror das medidas disciplinares, que, no caso da falta de certificação, gera demissão por justa causa. O banco precisa rever esta prática, que está ajudando a aumentar o número de bancários adoecidos nos locais de trabalho.