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Banco do Brasil: Justiça proíbe transferências compulsórias

O Banco do Brasil vem descumprindo os compromissos assumidos durante a Campanha Salarial 2024. O banco havia garantido que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em nova função, com manutenção de remuneração similar ou superior à da gratificação de caixa, mas a realidade tem se mostrado diferente.

Atualmente, caixas estão sendo comunicados de que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de desespero entre os trabalhadores. Muitos afirmam que não têm alternativas viáveis para realocação, contrariando o que foi prometido pelo banco, que assegurou a permanência dos trabalhadores na mesma cidade. Em algumas agências, quando há mais de um caixa para uma única vaga, o gerente geral está sendo responsabilizado por decidir quem ficará no cargo, um processo que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.

No entanto, a Terceira Turma do TRT10 reformou sentença da MM. 10ª Vara do Trabalho de Brasília, proibindo o Banco do Brasil de remover compulsoriamente para outras praças os funcionários admitidos antes de 12/01/2021 – data esta em que alterou a instrução normativa 368-2, que passou a permitir a transferência compulsória para praças diferentes da lotação do funcionário. Em embargos de declaração, a egrégia terceira turma deferiu os efeitos da antecipação de tutela.

Incorporação da gratificação de caixa

O banco havia enviado comunicado aos caixas que fariam jus à incorporação de gratificação, cumprindo o acordado na mesa de negociação da Campanha Salarial 2024. Mas diversos funcionários que fazem jus não receberam o comunicado.

Metas abusivas e sobrecarga

Além do descumprimento dos acordos, a Vice-presidência de Varejo do BB segue pressionando trabalhadores com metas abusivas em busca de lucros que desvirtuam o papel do Banco do Brasil como instituição pública. Agora, somam-se novas responsabilidades atribuídas aos gerentes gerais, que precisam decidir, muitas vezes de forma constrangedora, quem ficará com as poucas vagas disponíveis, enquanto os caixas ficam sem espaço para movimentação.

Cursos de reciclagem

Outro ponto de insatisfação é o curso de reciclagem prometido aos caixas, que virou um pré-requisito para concorrer às vagas, sem que isso tivesse sido acordado previamente. Muitos trabalhadores que estavam de licença ou de férias, ou mesmo os que têm alta demanda de trabalho, não conseguiram realizar o curso e agora estão sendo prejudicados.

O movimento sindical está estudando os próximos passos de luta.

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