Movimento sindical cobra reunião com Banco do Brasil
Sindicato cobra e BB marca reunião para terça 22.
Direção do banco pretende fechar 402 agências em todo país, transformar 379 em postos de atendimento e reduzir cerca de 18 mil empregos; comissão de empresa reúne-se com banco nesta terça e cobra esclarecimentos; ofensiva reforça importância do seminário Se é público, é para todos.
Em uma só tacada a empresa anunciou que ira fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento bancário (PABs), além de lançar Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) que abrange cerca de 18 mil funcionários ou cerca de 16% do total.
A justificativa apresentada pela instituição é de que a medida impactará na redução das despesas anuais na ordem de R$ 750 milhões.
Na base do Sindicato, em Joinville, serão fechadas as agências América SC (João Colin) e Cidade dos Príncipes (Iririú); Em São Francisco do Sul (Centro Comercial SC).
Diante do anúncio, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou negociação urgente com a direção da instituição, que ocorrerá na terça-feira 22.
“Tudo foi feito sem qualquer negociação ou conhecimento do movimento sindical. Uma reestruturação como essa mexe com a vida de milhares de trabalhadores, com instituições como Cassi, Previ e Economus, além de atingir em cheio o papel do banco público para auxiliar no desenvolvimento do país”, afirma o sindicalista João Fukunaga.
Pelo comunicado do BB, os trabalhadores têm até 9 de dezembro para aderir ao PEAI e, se tiver a adesão de 18 mil bancários como é almejado, o quadro de funcionários cairá de 109 mil para 91 mil.
“A decisão cabe a cada trabalhador. Mas é importante que antes de qualquer definição saiba como ficará a situação perante as caixas de assistência (Cassi) e de Previdência (Previ). E, no caso dos oriundos da Nossa Caixa, do Economus, que tem situação deficitária”, explica o integrante da comissão de empresa “Sobre essas questões cobraremos explicações do banco.”
Ataque ao banco público – O dirigente adverte ainda que se houver fechamento de agências e a transformação de unidades em PABs também provocará graves problemas tanto para bancários como para clientes e a população. “Para onde irão os trabalhadores que terão locais de trabalho fechados e como fica a questão dos cargos comissionados na redução dessas estruturas? São respostas que queremos e já deixaremos claro que não aceitamos redução de direitos ou de remuneração.”
E quanto aos concursados? – Valdemar Luz, presidente do Bancários Joinville lembra que com a reestruturação onde entram a contratação dos concursados de 2014 e 2015? “Conseguimos a prorrogação do concurso por mais um ano. Mas tal ação por parte do banco invalida completamente a contratação de todos estes trabalhadores que estão aguardando com tanta ansiedade a sua vaga”
O sindicalista adverte ser necessário esclarecer a população sobre tudo que está ocorrendo. “Há cidades em que o Banco do Brasil é a única instituição financeira presente. Como ficará, por exemplo, o atendimento nessas regiões?”, questiona. “Por isso, é essencial que cada trabalhador faça um corpo a corpo com clientes e a população; o que verdadeiramente está camuflado nessa reestruturação é um ataque ao banco público. Só o envolvimento de todos irá impedir que as agências sejam fechadas.” SEEB-São Paulo com Bancários Joinville