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Depois de Itaú, Bradesco também deixa de oferecer conta digital gratuita

Poucos dias após o Itaú confirmar que não está mais oferecendo a sua conta corrente digital, a iConta, o Bradesco confirmou que a sua versão da modalidade, a Digiconta, também não está sendo oferecida para novos clientes.

Em comunicado enviado para o InfoMoney, o Bradesco explica que “foi uma decisão do banco em virtude da criação de novas frentes de soluções digitais que estão sendo desenvolvidas”. Para os clientes que a possuem a modalidade, nada mudará, garante o banco. Até então, o Bradesco era o único dos grandes bancos que ainda ofereciam a modalidade de conta digital para novos contratantes.

O Itaú anunciou na última sexta-feira (7) que a comercialização da modalidade foi suspensa por conta de “pesquisas internas que apontaram a necessidade de simplificação de sua prateleira de pacotes”.

Antes disso, em dezembro do ano passado, o banco tirou do seu pacote de serviços da iConta o uso de cheques, ainda em dezembro do ano passado. Também no ano passado, o Banco do Brasil deixou de oferecer a sua conta digital gratuita, a Conta Eletrônica, por cerca de um mês, para anunciar uma nova conta digital no final do ano, a Conta Fácil BB.

Agora, somente três bancos oferecem conta digital para novos clientes: o Banco do Brasil, o Original, o banco Neon e o Intermedium.

Segundo o presidente do Intermedium, João Vítor Menin, a instituição já tem 130.000 clientes que usam o serviço. A grande vantagem do Intermedium é que não há cobrança de nenhuma tarifa de serviço, inclusive anuidade de cartão de crédito. Os clientes são isentos de mensalidade de conta corrente, DOC, TED, saques na rede 24 Horas, extratos, pagamentos, entre outras tarifas.

E o cartão de crédito do Intermedium é um Mastercard Black. Apesar da cor preta, o cartão Black do Intermedium é bem diferente dos oferecidos pelos demais bancos, já que não há acúmulo de pontos em programas de milhagem. “Se por um lado não tem milhas, por outro não tem anuidade”, diz o presidente do banco.

O Intermedium também anunciou que em breve o banco vai lançar a conta digital gratuita para pessoas jurídicas. Hoje nenhum banco grande oferece o serviço de graça – o brasileiro só encontra essa opção em algumas cooperativas de crédito.

Ao InfoMoney, Menin disse que o objetivo das contas gratuitas é expandir agressivamente a base de clientes. Ele também afirmou que mesmo não cobrando nada, o banco não perde nem ganha dinheiro com a conta gratuita. “Hoje os custos são cobertos pelo ganho com o float [o banco pode investir parte do dinheiro que os clientes deixam na conta e lucra com isso] e por comissões pelo pagamento de boletos emitidos por outros bancos. A gente só lucra quando o cliente consome outros produtos, como seguros ou crédito.

Tendência? Principalmente por conta do aumento nas tarifas dos bancos para contas correntes, que, de acordo com relatório do JP Morgan do ano passado, foi de 12% no primeiro semestre de 2016, o número de correntistas de contas digitais aumentou consideravelmente nos últimos anos. InfoMoney

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