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Após 40 dias de silêncio, Banrisul anuncia calendário de negociações

Porto Alegre – Finalmente nesta sexta-feira, 27/07, nada menos que 42 dias após a entrega da pauta de reivindicações do SindBancários e Fetrafi-RS à direção do Banrisul, na Campanha Salarial 2018, um representante da direção do banco se dignou a receber um Ofício, assinado pelas duas entidades de trabalhadores, exigindo uma resposta a proposta da categoria bancária. “Nos causa grande estranheza esta demora do Banrisul em nos responder, considerando que todos os demais bancos estaduais já estão negociando, assim como avança na negociação com a Fenaban”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Luciano Fetzner Barcellos.

Finalmente, após quase duas horas de espera, os sindicalistas e bancários ouviram do representante do banco que talvez “na semana que vem”o Banrisul trará um calendário para os encontros de negociação.

A afirmação foi do superintendente de Gestão de Pessoas do Banrisul Gaspar Saikoske, junto com outros funcionários do banco, que acolheu o documento do Sindicato e Fetrafi, após quase duas horas de concentração dos bancários, em ato na frente a DG do Banrisul na Rua Caldas Jr, Centro de Porto Alegre.

Mas a entrega do ofício e a conversa com os sindicalistas foi feita no saguão de entrada do banco, somente depois dos trabalhadores colocados entre a porta e a escadaria do prédio gritarem em coro: “Ei, Gaspar/ vem pra negociar/ ei Gaspar, vem pra negociar”. Antes, os diretores do Banrisul pediram que o diretor da Fetrafi, Carlos Augusto Rocha, subisse para entregar o ofício longe dos manifestantes. Os banrisulenses e sindicalistas insistiam, em coro: “Não é mole não! Já é agosto e não tem negociação!”.

Sérgio Hoff, da diretoria do Sindicato, pelo carro de som já havia convocado os diretores do banco a virem para a discussão do acordo específico do Banrisul: “Saiam debaixo da mesa e venham para a mesa negociar!”. Mauro Salles, ex-presidente do Sindicato e diretor da Contraf-CUT, lembrou a nebulosa transação da venda de ações do Banrisul, neste anos, envolvendo um banco de investimentos. “Com o BTG Pactual eles negociam, mas com os trabalhadores não querem negociar. Se continuarem assim, vão construir uma das maiores greves do Banrisul”, alertou.

Quando, finalmente, os representantes do presidente Luiz Gonzaga Motta desceram para conversar e receber o documento dos sindicalistas, ouviram da banrisulense Denise Falkenberg Correia, diretora da Fetrafi-RS, que os demais bancos estaduais do país já estão negociando. “Nunca nos esquecemos que o Banrisul é um banco público e temos certeza que a nossa pauta é perfeitamente factível”, reforçou. Ela também observou que a diretoria do banco é formada por funcionários de carreira, “mas mesmo assim é a que menos recebe os representantes dos trabalhadores”.

A banrisulense Daniela Schieck, funcionária do Banrisul em Santa Rosa e delegada sindical na regional de reúne nove municípios, mostrou otimismo: “Hoje no interior o pessoal está mais consciente do que em anos anteriores”, afirmou. “Quando a gente distribui o Nossa Voz e conversa com os colegas percebe que eles sentem a falta de respeito da direção do banco com os funcionários. Eles vêem o que está sendo feito fazendo como um tipo de traição com os banrisulenses”. SEEB – Porto Alegre

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