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Bancários encerram greve em Joinville e região

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Após 28 dias de paralisação, os bancários de Joinville e região encerraram, em assembleia realizada na quinta-feira 6, uma greve histórica. De forma unânime, os trabalhadores aprovaram proposta (veja abaixo) de 8% de reajuste salarial para esse ano, mais abono de R$ 3.500, com garantia de reposição da inflação (INPC) mais aumento real de 1% em 2017. O mesmo modelo vale para a atualização da PLR (8% em 2016; inflação mais 1% de aumento real em 2017), cuja primeira parcela será paga em até 10 dias após a assinatura do acordo com a Fenaban (federação dos bancos), junto com o abono.

“Os bancários de Joinville, Garuva, Itapoá, São Francisco do Sul, Araquari, Balneário de Barra do Sul e Barra Velha estão de parabéns! Estes heróis demonstraram nesses 28 dias que tem disposição de lutar e manter os seus direitos. O Sindicato está em completa unidade, organizado e pronto para a luta”, enfatizou o presidente do Sindicato, Valdemar Luz (fotos abaixo), na sua saudação aos bancários presentes na assembleia.

Além do reajuste salarial, a categoria conquistou já nesse ano aumento de 15% no vale-alimentação e de 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá. Já em 2017, todas essas verbas serão reajustadas da mesma forma que os salários (inflação mais 1% de aumento real).

Emprego – Outra conquista de grande importância foi a criação de um centro de realocação e requalificação profissional, com o objetivo de combater as demissões no setor, cujas regras serão discutidas entre bancos e os representantes dos trabalhadores.

“O reajuste de 8% não era o que queríamos porém se não fosse a nossa greve não teríamos conquistado nem isso e nem o aumento real para 2017. Os bancos queriam nos derrotar em 6,5%. Conseguimos que os banqueiros não voltassem com o modelo da década de 1990, quando todos anos tivemos aumento abaixo da inflação. Isso porque querem aplicar ataque de direitos, desindexação da economia. Isso é uma vitória diante da política neoliberal que querem implementar, colocando o trabalhador como o problema do país”, destacou Ivone Silva, uma das coordenadoras na mesa de negociações.

“Existe um pacote de maldades, pronto para ser aberto e atirado aos trabalhadores, como a reforma da Previdência, o projeto de lei da terceirização, entre outros grandes riscos para os trabalhadores do país. Nossa luta vai continuar, ela não termina aqui”, assinalou Valdemar.

Dias parados – Durante a última negociação com a Fenaban, os sindicalistas venceram uma dura queda de braço. Inicialmente, os bancos queriam a reposição de todos os dias parados. Após o embate se estender pela madrugada do dia 6, os banqueiros recuaram e todos os dias de greve serão anistiados para os trabalhadores que aprovaram a proposta nesta quinta-feira 6.

Licença-paternidade – Os bancários ainda conquistaram a ampliação da licença-paternidade, que passará de 5 dias para 20 dias, a partir de 2017, quando o governo anunciar o benefício fiscal.

Itaú e HSBC – No caso dos bancários do Itaú, junto com a primeira parcela da PLR e o abono, eles vão receber também a PCR.

E os trabalhadores do HSBC – que teve suas operações no Brasil adquiridas pelo Bradesco – conquistaram o pagamento da PLR pelo Bradesco para os meses de julho, agosto e outubro, que será creditada, a título de antecipação, 10 dias após a assinatura do acordo com a Fenaban, junto com o abono.

Vale-cultura – Os bancários devem pressionar o governo federal pela manutenção do vale-cultura. Caso a legislação seja renovada, os bancos manterão o direito para os trabalhadores.

Comissão de esclarecimento – o Sindicato montou uma inédita estrutura para orientar a população e minimizar os danos de uma greve que não se esperava tão longa. “Parabéns aos funcionários do Sindicato que atenderam a população, seja por telefone, WhatsApp, pessoalmente, na frente das agências, na luta direta”, assevera Valdemar Luz.

“Foram centenas de entrevistas para televisão, rádio, jornais, blogs e websites, de diversas cidades. O Sindicato pela sua Comissão de Esclarecimento, Departamento de Comunicação e Central de Atendimento atendeu a todos os segmentos, todas as ligações telefônicas da população, respondeu a todos os e-mails e mensagens via WhatsApp. Todos os dias postou notícias em todas as redes do Sindicato”, conclui o presidente.

Financiários – Em São Paulo, os representantes dos trabalhadores estão cobrando da federação das financeiras (Fenacrefi) a retomada das negociações.

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