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Banco do Brasil e a reestruturação

Na tarde desta quinta-feira (01/06/2017), a partir das 14 horas, no Ed. Sede VII, em Brasília/DF, a CONTEC se reuniu com o Banco do Brasil, para tratar de soluções dos problemas decorrentes da reestruturação promovida pelo Banco, com redução de cargos e funções e fechamento de agências.

O Banco iniciou a reunião informando que, no momento, a decisão é de não prorrogação da VCP – Verba de Caráter Pessoal equivalente à perda salarial sofrida – que o banco pagou por quatro meses.

O banco informou que, na quarta-feira (31/05), o número de funcionários descomissionados que não conseguiram recuperar o cargo e terão perdas de salários alcança 2.105, que equivale a 25% dos colegas descomissionados, enquanto 1.590 funcionários ocupam cargos inferiores aos anteriormente ocupados e sofrerão redução em suas remunerações.

Os representantes dos funcionários insistiram para que o banco prorrogue o pagamento da VCP, considerando que a causa das perdas de cargos decorre de alteração da política estratégica adotada pela empresa, bem como as comprovadas dificuldades de recolocação dos remanescentes, que ainda atinge 25% dos funcionários que perderam os cargos anteriormente ocupados.

O banco destacou que os colegas prejudicados pela reestruturação continuarão priorizados nas concorrências à ocupação de vagas.

A respeito das condições de trabalho nas unidades, o banco limitou-se a informar a solução de três casos em unidades de negócios e que as vagas decorrentes do PEAI surgidas na rede de AJUREs foram todas repostas ou estão em processos de reposição, sem previsão de redução de quadros, havendo a AJURE DF tido a dotação aumentada em um supervisor e quatro advogados e a AJURE RS mantido o quadro, apesar da transferência do consultivo pela AJURE PR. Acrescentou ainda que está revendo a política de estagiários.

A CONTEC apontou problemas com locomoção, em núcleos de PSOs criados, bem como insistiu na manutenção no prefixo de origem, dos colegas destacados para os núcleos de venda e cobrança.

PRORROGAÇÃO DAS HORAS EXTRAS – NOVO PLANO DE FUNÇÕES
A CONTEC pediu a prorrogação do prazo para que os funcionários que aderiram à jornada de 6 horas no novo plano de funções, continuarem prestado até 20 horas extraordinárias. O Banco negou o pedido, dizendo que, em todo caso, havendo necessidade do serviço, certamente os funcionários que aderiram às 6 horas terão prioridade na prestação dessa sobrejornada.

ESCRITÓRIOS DIGITAIS
A CONTEC pediu a adoção de intervalo para funcionários lotados em Escritórios digitais, para os trabalhadores que usam headset. O BB negou, alegando que, a seu ver, a situação não configura trabalho de teleatendimento. A CONTEC relatou problemas nas condições de trabalho nos escritórios digitais, a exemplo de aparelhos com defeitos, bem como dificuldades enfrentadas pelos colegas, no desenvolvimento das atividades nos escritórios, inclusive pela não observância da NR 17.

O banco ficou de manter contato com gestores dos escritórios digitais, objetivando verificar e corrigir desvios encontrados.

AGÊNCIAS EXPLODIDAS
A CONTEC pediu celeridade na recuperação de agências explodidas, o que o banco ficou de fazer o possível.

AVALIAÇÃO
É preciso continuar insistindo na prorrogação do pagamento da VCP, considerando que as perdas de cargos decorreram da alteração da política estratégica da empresa, não havendo como ignorar ainda a dificuldade de recolocação dos funcionários atingidos pela reestruturação e considerando que o grau de dificuldade é o fundamento para o estabelecimento do pagamento por doze meses para os executivos.

É um expressivo número de colegas se sentindo injustiçados, decorrentes da alteração da política estratégica da empresa, que fechou 402 agências, reduziu de porte 379 agências e extinguiu expressivo número de cargos comissionados.

A próxima audiência de Mediação no Ministério Público do Trabalho está agendada para 9 de junho, no MPT em Brasília/DF. A audiência é aberta a quem desejar comparecer. Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN

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