Campanha Salarial

Bancos apresentam proposta de reajuste de 5%

São Paulo – Foram dez rodadas de negociação e muita pressão dos representantes dos trabalhadores sobre os bancos na mesa de negociação, nas lutas do sindicato e pelas redes sociais.

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Num cenário de retirada de direitos, com a reforma trabalhista que precariza empregos e ataca a organização dos trabalhadores, os bancários mostraram mais uma vez sua força, garantindo uma proposta que mantém todas as conquistas históricas da categoria e ainda um reajuste de 5%, com aumento real de 1,18%, maior do que média dos acordos coletivos fechados no primeiro semestre.

Os bancários de todo o país avaliarão a proposta em assembleias na quarta e quinta-feira, 29-30. A assembleia dos bancários de Joinville e reunião será na sede da entidade (Rua Nove de Março, 724), no dia 30, quinta-feira.

A proposta garante todos os direitos para os empregados hipersuficiente (bancários com salários a partir de R$ 11.291,60). O empregado hipersuficiente foi criado pela nova lei trabalhista: eles poderiam estabelecer suas condições de trabalho diretamente com o empregador, e não estariam resguardados pelo acordo coletivo da categoria. “Conseguimos manter a validade da CCT para esses bancários”, reforça Ivone.

Prevê, também, acordo com validade de dois anos, já garantida para 2019 a manutenção de todos os direitos, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas. Se aprovada a proposta, a primeira parcela da PLR será paga em 20 de setembro.

TODOS OS DIREITOS ESTÃO GARANTIDOS

• Garante o parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado;

• Mantém todos os direito da CCT ao hipersuficiente (quem ganha a partir de R$ 11.291,60);

• Realização do terceiro Censo da Diversidade, levantamento fundamental sobre o perfil da categoria para a promoção da igualdade de oportunidades;

• Está mantida a proibição da divulgação de ranking individual, prevista na cláusula 37ª da CCT, conquistada pela categoria como forma de reduzir a pressão por metas;

• Cláusula do vale-transporte volta a ser a conquista da categoria de 4% de desconto sobre o salário base;

• Horário de almoço poderá ser flexibilizado: quem tem jornada de 6 horas e tiver de fazer hora extra, terá intervalo de almoço de 30 minutos, e não de 1 hora como determina a lei;

• Mantém o vale-cultura (cláusula 69) conforme queriam os trabalhadores, para que o direito esteja garantido caso o governo federal retome o programa.

Aumento real acima da média dos acordos no semestre

Levantamento feito pelo Dieese, que levou em conta 2.896 acordos entre janeiro e junho, mostra que 78% deles tiveram aumento real, e a média foi de 0,94%. A força da categoria, na mesa de negociação com os bancos e nas mobilizações em todo o país, garantiram reajuste de 5% com aumento real de 1,18%.

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> 9ª rodada: BB apresenta proposta final que mantém todos os direitos

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