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BB detalha regras para ascensão de gestores

Integrantes da Superintendência do Banco do Brasil de São Paulo apresentaram a dirigentes sindicais as novas regras elaboradas pela instituição para avaliar o desempenho dos primeiro e segundo gestores, e que possibilitarão ascensão ou provocarão descenso na carreira, chamada Radar do Gestor. A reunião ocorreu na segunda-feira 18.

“Há muito temos cobrado medidas que coíbam o poder de superintendentes regionais sobre gestores que, de uma hora para outra e sem dar qualquer explicação, são rebaixados. A pessoa dorme gerente-geral e acorda escriturário. E também para acabar com o que se chama QI, quem indica, para favorecer amigos na ascensão profissional”, explica o sindicalista e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.

“Essa nova metodologia, se for de fato respeitada, pode permitir o acompanhamento pelo funcionário de sua avaliação. E, quando ocorrer ‘rebaixamento’, implicará em mudança de faixa na função por meio de um sistema e não mais pela vontade de um regional”, acrescenta.

Radar do Gestor – A Superintendência informou que, a partir da quarta-feira 20, o Radar do Gestor começa a ser utilizado. Esse processo medirá se a pessoa permanece no cargo, se será promovido ou terá descenso em sua classificação.

Segundo o banco, na primeira fase será analisada a atuação dos últimos dez semestres dos primeiro e segundo gestores, entre eles gerentes-gerais e de negócio. Para isso serão consideradas as premissas: 40% para área negocial (30% do Sinergia e 10% para a classificação no Sinergia); 30% para atuação profissional, que leva em conta a gestão da agência, a formação profissional, experiência no cargo entre outros quesitos; 30% pela qualidade de negócios contratados.

Atualmente a classificação de agência e do gerente vai de A a E. As agências e gestores com melhor resultado têm A. Se, pela avaliação, um bancário tiver A, mas sua agência ganha B, ele muda para uma unidade que tenha recebido nota A e passa por uma melhora de função. O contrário também vale: se está numa agência A, mas recebe avaliação B, muda para unidade também com B, implicando em rebaixamento de cargo.

Essa avaliação ocorrerá a cada dois anos e, também de acordo com o banco, não afetará quem acabou de ser comissionado. Esses funcionários terão um tempo maior para se adequarem.

A instituição também informou que, em nível nacional, cerca de 5% dos gerentes terão redução de nível e 95% dos gestores serão remanejados conforme a pontuação obtida no Radar, com alguns desses bancários tendo progressão na carreira. “Cobramos da Gestão de Pessoas que os 5% dos trabalhadores que forem rebaixados passem por requalificação profissional para que possam se aprimorar”, destaca João Fukunaga. O banco ficou de analisar a reivindicação.

“Vamos acompanhar o novo modelo, que não foi negociado com o Sindicato, para assegurar que haja de fato transparência. E para isso, é necessário que os trabalhadores denunciem caso sejam prejudicados”, diz o integrante da comissão de empresa.

Sistema TAO – Na reunião também foi discutido o programa Talentos e Oportunidades (TAO). Nesse caso, a Superintendência da capital informou que a lista de classificados para ascensão profissional nos cargos de primeiro e segundo gestores passou de 20 para 25 candidatos. “Cobramos que haja número maior de mulheres nesta listagem, para que os cargos de gerência sejam ocupados por mais bancárias, conforme assegurado pelo banco na mesa temática sobre ascensão profissional. Isso diminuirá a discrepância que existe hoje entre funcionários e funcionárias em cargos de gestão no BB”, assinala Fukunaga.

BB Digital – Cobrada pelos dirigentes sindicais, a instituição apresentou dados sobre a implantação do BB Digital na cidade de São Paulo. Atualmente existem 23 dessas unidades, com previsão de serem inauguradas mais 20 até setembro deste ano.

“Nesta questão deixamos claro que o mais importante é que os bancários de agências convencionais não sejam prejudicados com descomissionamentos. Também cobramos mais contratações de funcionários para diminuir a sobrecarga nas unidades tradicionais”, conclui o dirigente sindical. Segundo o BB, não haverá corte ou perda de comissões. SEEB-São Paulo

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