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Caixa lançará outro PDVE em fevereiro

Já está quase tudo pronto para o novo Programa de Demissão Voluntário Extraordinário (PDVE) da Caixa Econômica Federal. O plano será lançado em fevereiro e deve ser anunciado oficialmente ainda nesta semana. A direção da Caixa tem como meta atrair entre 5 e 7 mil empregados. O Ministério do Planejamento autorizou o banco a desligar até 10 mil bancários.

Desde 2015, a Caixa vem, ano após ano, apresentando aos seus trabalhadores planos de demissão/incentivos a aposentadoria. O resultado disso é um enxugamento no quadro de pessoal. Em 2014, a Caixa chegou a ter cerca de 105 mil empregados. Atualmente, esse número não passa de 87 mil. Uma redução de aproximadamente 17%.

CONDIÇÕES DO PDVE
Está na mesa da diretoria da Caixa, duas propostas para o Programa: a primeira, e quem tem mais chance de ser escolhida, é a repetição das condições oferecidas no PDVE de 2017.

Nela, o banco estipulou uma indenização financeira de 10 salários líquidos (limitado a R$ 500 mil), além da manutenção do plano de saúde.

O universo de bancários atingidos foram os aposentados pelo INSS ou os que poderiam se aposentar em 31 de dezembro do ano passado, trabalhadores com no mínimo 15 anos de efetivo exercício de trabalho, além dos empregados com adicional de incorporação de função até a data do desligamento (esse último, sem exigência de tempo mínimo de trabalho na Caixa).

A segunda proposta quer melhorar as condições dos benefícios recebidos pelos empregados para tornar mais atrativo o PDVE. O principal ponto seria a manutenção por prazo determinado do vale alimentação/refeição. A ideia é manter o pagamento do vale por até, no máximo, 5 anos.

Os que defendem a segunda proposta queriam aumentar a indenização financeira de 10 para 12 salários (também limitado a R$ 500 mil). Mas, como a Caixa encontra dificuldades para se adequar as novas regras do Acordo de Basiléia III, essa sugestão foi descartada. Os demais pontos, como quais bancários poderiam aderir e o plano de saúde, seriam os mesmos da primeira proposta. Contec


Caixa prepara novo programa de demissão voluntária para cortar gastos

A Caixa prepara para este início de ano um novo programa de demissão voluntária, depois de lançar mão de dois planos desse tipo em 2017. A redução de custos com pessoal faz parte de uma política de “choque de gestão” na Caixa, iniciada no ano passado e intensificada nas últimas semanas com o afastamento definitivo de três vice-presidentes por suspeita de irregularidades.

Em 2017, o banco estatal recorreu duas vezes a PDVs para enxugar o quadro de funcionários, que hoje beira 88 mil servidores. No primeiro plano, encerrado em março, houve adesão de 4,6 mil colaboradores. Já o segundo, finalizado em agosto, teve 2,7 mil inscritos. Dados do balanço de setembro apontam para uma economia de R$ 500 milhões com os dois programas.

O banco ainda tem cerca de 3 mil funcionários próximos da aposentadoria que se encaixam nos critérios para aderir a um PDV A expectativa é que haja queda das despesas com pessoal neste ano, cenário que será apoiado por um ajuste operacional que inclui a limitação em 6,5% da folha do custeio do plano de saúde dos funcionários. Segundo o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, o novo PDV deve ter início neste trimestre.

A aprovação de um novo estatuto, instituição de um plano de reforço de capital sem uso do dinheiro do FGTS e a criação de barreiras às indicações políticas para cargos de direção fazem parte da nova política, que tenta corrigir problemas de gestão do banco. Algumas das medidas, principalmente as relacionadas aos apadrinhamentos, já encontram resistência na classe política

A reforma no estatuto da Caixa teve inspiração na Petrobrás, que também passou por um choque de gestão depois dos casos de corrupção revelados pela Lava Jato, com fraudes em licitações e desvio de bilhões de reais.

Como na petroleira, o ajuste tenta impor uma “mudança cultural”, a começar pela forma de escolha dos dirigente. Na semana retrasada, o banco anunciou que todas as 12 vice-presidências terão seus titulares indicados em um processo de competição interna. É provável até que o número de cargos seja revisto.

A substituição, no prazo máximo de 12 meses, dos vice-presidentes marcará a etapa mais complexa do processo. Os mandatos serão de dois anos, podendo ter recondução de até três vezes e um mandato não coincidente com o do governo. Ou seja, eles permanecerão nos cargos após terminada a gestão do presidente Michel Temer.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o processo de escolha vai mesclar candidatos de fora e funcionários da Caixa. Será aberta inscrição para uma seleção interna e, simultaneamente, uma empresa especializada no recrutamento de executivos será contratada por licitação. O modelo já foi testado na escolha de um diretor, dois membros do novo comitê de risco, um auditor interno e dois integrantes do comitê de auditoria.

A ideia é que, ao longo do tempo, todos os outros cargos de chefia, inclusive os de superintendentes regionais, passem por processo semelhante, mas a conclusão dessas mudanças pode levar anos.

O novo modelo de gestão incluiu também uma política de apetite ao risco. Foi criado um comitê independente para indicar as bases sobre o grau de risco a ser aceito pelo banco nas diversas operações de crédito. Estadão

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