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Caixa lucra R$ 4,1 bi no primeiro semestre com melhora operacional

Com uma melhora expressiva nos números operacionais, a Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. O resultado representa uma alta de 104% em relação ao mesmo período de 2016. O banco público ainda não divulgou o balanço referente aos seis primeiros meses do ano, mas os dados já constam no Banco Central. Procurada, a Caixa não comentou o assunto.
O resultado operacional do banco, que foi de apenas R$ 244 milhões no primeiro semestre de 2016, saltou para R$ 3,9 bilhões entre janeiro e junho deste ano. A melhora ocorreu com a redução nas despesas de captação e também das provisões para perdas no crédito, que levaram o resultado da intermediação financeira da instituição a aumentar 133% no período, para R$ 15,133 bilhões.

Outro destaque do balanço foram as receitas de prestação de serviços, que aumentaram 11%, para R$ 9,476 bilhões. As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 17 bilhões, alta de 7% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.

Para conter os gastos, o banco reabriu entre julho e o mês passado um novo programa de demissão voluntária (PDV). Em março, a Caixa concluiu um PDV que tinha como meta 10 mil adesões, mas atingiu apenas 4.645 funcionários.

Com restrições de capital após o forte crescimento nos últimos anos, a Caixa reduziu o ritmo de expansão da carteira de crédito. O saldo da carteira do banco encerrou junho em R$ 703,7 bilhões, alta de 4% em 12 meses e de 0,2% no trimestre, de acordo com os dados do BC. As despesas com provisão recuaram 3% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, para R$ 9,733 bilhões.

Apesar do freio no crédito, o banco segue com pouco espaço no balanço para emprestar. O índice de capital nível 1 (de melhor qualidade) encerrou o semestre em 8,9%, levemente acima dos 8,7% registrados em junho do ano passado.

Após a implementação integral das regras de Basileia 3, em 2019, os bancos precisarão contar com um índice de pelo menos 9,5%. Sem poder contar com aportes do Tesouro em meio ao ajuste fiscal, a Caixa deve reforçar o capital com a venda de ativos. Pelos planos do governo, o leilão da Lotex, empresa de loteria instantânea do banco, deve ocorrer ainda neste ano.

O banco público anunciou ontem o resultado das captações com a caderneta de poupança, que acumula uma entrada de R$ 944,1 milhões de janeiro a agosto deste ano, na contramão do mercado, que até o último dia 28 registrava resgates líquidos de R$ 12,8 bilhões. A Caixa possui um total de 7,1 milhões de contas de poupança, com um saldo de R$ 261 bilhões.  Valor Econômico

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