Caixa vai privatizar as ‘raspadinhas’
Venda da operação das loterias instantâneas pode gerar receita entre R$ 2,2 bilhões e R$ 4 bilhões
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que na próxima semana contratará os assessores financeiros que tocarão a abertura de capital da Caixa Seguridade no primeiro semestre de 2017, a depender das condições do mercado.
Ao assumir a Caixa, Occhi recebeu o desenho de um desenho para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de seguros e mais a privatização de outras duas áreas: seguros e loterias.
Nesta segunda-feira (21), Occhi disse que na próxima sexta-feira será assinado com o BNDES um acordo para assessoramento da operação de venda da Lotex.
O governo conta com a ajuda das raspadinhas para reforçar a arrecadação. Está prevista uma megalicitação para passar à iniciativa privada toda a operação de loterias instantâneas, atribuição que hoje é exclusiva da Caixa.
Segundo fontes do governo, a privatização das raspadinhas pode gerar receita entre R$ 2,2 bilhões e R$ 4 bilhões. A exploração anual dos jogos deve gerar aproximadamente R$ 1 bilhão para a União.
Modelo de negócio
O BNDES vai ajudar a formatar o modelo do negócio: se por meio de uma oferta pública de ações ou pela venda da concessão do direito de exploração.
A empresa que comprar terá de pagar a outorga. O vencedor da licitação poderá decidir por novos pontos de venda, inclusive em máquinas de autoatendimento, e novos jogos.
O presidente da Caixa acrescentou que trabalha com previsão de expansão de 6% na carteira de crédito neste ano. Apesar da redução nas previsões de crescimento da economia em 2017, ele espera aumento semelhante na carteira de crédito no próximo ano.
Nesta segunda-feira, Occhi também adiantou que o banco público deve lançar um novo programa de aposentadoria incentivada que pode atingir cerca de 11 mil funcionários – além disso, a instituição ainda estuda a possibilidade de fechar 100 agências que não dão lucro. Estadão.