Campanha 2018: calendário de negociações foi definido
A segunda rodada de negociação da Campanha 2018, realizada na quinta-feira 12, definiu o calendário das próximas mesas. Ficou ajustado o seguinte calendário de negociação: 20/07, 24/07 e 02/08/2018, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo/SP, sempre a partir das 10h da manhã, enquanto que as reuniões preparatórias serão realizadas nos dias 19/07, 23/07 e 01/08/2018, a partir das 14h, no Sindicato dos Securitários de São Paulo.
A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/Contec sugeriu que na reunião do dia 20/07 sejam discutidas as reivindicações objetos das cláusulas 11 a 25 da pauta de reivindicações, entregue no último dia 13/06/2018.
Apesar de estabelecido o calendário de negociações, a Fenaban não assinou o pré-acordo para garantir a validade da CCT após 31 de agosto. Um dos pontos nocivos da reforma trabalhista de (lei 13.467/2017) foi o fim da ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo coletivo até a assinatura de outro.
“Com o fim da ultratividade, nossos direitos estão em risco após 31 de agosto, data que finda a validade de nossa CCT”, alerta Valdemar Luz, presidente do Bancários Joinville.
A Fenaban se comprometeu a assinar um pré-acordo de ultratividade caso as negociações não avancem.
“Precisamos nos manter atentos, a categoria deve ficar sob preparo para a mobilização e ficar de olho no site e canais do Sindicato”, conclui Luz.
Bancos podem atender às reivindicações
As prioridades da categoria nessa Campanha são garantir que a CCT continue válida para todos os bancários, independentemente da remuneração do trabalhador. Um dos pontos nocivos da nova lei trabalhista é a figura do empregado hipersuficiente: quem ganha a partir de duas vezes o teto do INSS (hoje em R$ 11.291) poderia estabelecer acordos direto com o patrão e não estaria resguardado pela CCT. Os bancários querem estabelecer, ainda, cláusulas na CCT que os resguardem de outras ameaças previstas na lei 13.467, como contrato temporário e terceirização. Querem também garantia de empregos e aumento real. A defesa dos bancos públicos é outra prioridade da Campanha 2018, que defenderá ainda a democracia e a importância de se eleger candidatos comprometidos com a revogação das medidas de Temer, como a reforma trabalhista.
Em 2017, os cinco maiores bancos [Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa] lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, um crescimento de 33,5% em relação ao resultado que tiveram em 2016. E só nos primeiros três meses deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,3 bilhões em lucro, aumento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2017. Redação Bancários Joinville