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Campanha Salarial 2024 – 9° mesa com Banco do Brasil: Reunião do dia 29 de agosto

Na nona rodada de negociação específica entre a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) e os representantes do banco, realizada na tarde desta quinta-feira 29, em São Paulo, os funcionários do Banco do Brasil obtiveram uma importante conquista: a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental.

A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas. Este avanço representa uma significativa vitória para os trabalhadores, atendendo a uma demanda essencial para quem possui filhos com deficiência.

Banco de horas negativas

Além da conquista da redução da jornada, o Banco do Brasil também apresentou medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de Covid-19. A proposta final inclui a anistia das horas para diversos grupos: funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid. Para os funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerrou o acordo relacionado à pandemia.

Demais pautas

O banco ressaltou que as devoluções das demais pautas dependerão das cláusulas econômicas a serem discutidas na mesa única de negociação com Fenaban (federação dos bancos).

Ao final da reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram respostas adicionais sobre o programa de cargos e salários, o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a possibilidade de ampliação desse valor, caso a eliminação do teto não seja possível. Também solicitaram um posicionamento sobre as metas exigidas, que impactam diretamente outros pontos em negociação, e uma solução para bancários oriundos incorporados, para que possam ingressar na Cassi e Previ, e definição para os caixas e funcionários da CRBB (Central de Relacionamento do Banco do Brasil).

Poucas horas depois, a CEBB e os representantes do banco voltaram a se reunir no início da noite. Desta vez, o BB apresentou proposta de comitê de ética paritário, formado por dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco.

E como foi com a Fenaban?

A primeira proposta, apresentada na parte da manhã, previa reajustes diferenciados, escalonados por quatro faixas salariais. Além disso, previa apenas a reposição da inflação para vales, PLR e demais verbas, e para essas verbas ainda adiava o reajuste para outubro, o que causaria um prejuízo de R$ 35 milhões aos trabalhadores.

A segunda proposta, apresentada na parte da tarde, reduziu o total de faixas para três e aumentou um pouco os percentuais de reajuste por faixa. Continuou prevendo apenas a reposição da inflação para os tickets, a PLR e demais verbas. E trouxe todos os reajustes para 1º de setembro, como tem de ser, já que é a data base dos bancários. Mas continuou bem aquém do que espera e merece a categoria bancária.

Nova mesa com Fenaban nesta sexta 30

Após a rejeição da segunda proposta, a mesa de negociação foi interrompida, pois os sindicalistas avisaram à Fenaban que se recusam a receber qualquer outra proposta com escalonamento. A mesa será retomada nesta sexta-feira, a partir das 10h.

E na próxima semana, o Sindicato fará uma assembleia para avaliar a proposta e organizar a mobilização.

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