Caref defende BB e funcionários: ‘Somos contra o fechamento de agências’
A última reunião do Conselho de Administração aprovou o fechamento de 69 agências ou postos de atendimento do banco em 13 estados brasileiros, a maioria em pequenas cidades do interior do país. Fabiano Felix, representante eleito pelos funcionários para o Conselho de Administração do banco, fez voto contrário defendendo a importância do BB como banco público.
Em algumas dessas localidades, milhares de clientes – entre aposentados, trabalhadores, agricultores e empresários – terão de se deslocar dezenas de quilômetros até as cidades mais próximas para fazer transações bancárias, retirar dinheiro ou benefícios previdenciários.
Em seu boletim, Fabiano comenta a questão: “Faltou sensibilidade à direção do banco para avaliar os transtornos que serão causados à população local e o impacto na economia de cada município, que perderá dinamismo com o fechamento. Em se tratando de um banco público, essa falta de preocupação é ainda mais grave”.
O BB alega que fechará agências sinistradas, algumas delas atacadas com explosivos por criminosos. “Em vez de acionar os poderes públicos de cada município ou estado para reforçar a segurança aos cidadãos e às atividades bancárias, a direção do banco prefere simplesmente fechar as dependências”, acrescenta o conselheiro de administração do BB (Caref).
Em meio a rumores de fechamento de mais unidades e o clima de incerteza nas agências do banco, o movimento sindical entregou oficio ao Caref dizendo que, além de prejudicar o atendimento à população, a medida tem implicado em redução de postos de trabalho e deteriorado ainda mais as condições de trabalho.
“Já vimos esse filme antes: a direção alega que não haverá descomissionamentos e recebemos a notícia no domingo à noite pela televisão que o BB irá eliminar postos de trabalho”, comenta Sílvia Muto funcionária do BB e diretora do Sindicato de SP.
“Redução de funcionários, fechamento de agências precarizando o atendimento é resultado da iniciativa do governo para desmontar e enfraquecer o BB, em vez de utilizá-los como agente da retomada do crescimento”, acrescenta Silvia. SEEB – São Paulo