Sindicalismo conquista avanços em reunião com Bradesco
A rodada negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e o banco terminou com avanços. Na reunião foram apresentadas respostas para algumas das principais demandas surgidas após a fusão das operações com o HSBC.
Plano de saúde – O banco informou que voltará a cobrar no plano de saúde dos aposentados os valores anteriormente praticados pelo HSBC. As mudanças nos planos médico e ortodôntico dos funcionários do banco britânico permanecem, mas será analisado cada caso dos que estiverem em tratamento.
Previdência – Os beneficiários terão diferentes opções: poderão sacar o valor do plano de previdência; manter congelado como está, sem contribuir; manter o plano e continuar contribuindo individualmente; iniciar a concessão da complementariedade, caso os critérios estejam preenchidos; ou aportar os valores para uma conta individual e voluntária. Além disso, a qualquer tempo poderão aderir ao plano de previdência dos funcionários do Bradesco.
Auxílio-educação – O Bradesco voltou atrás na decisão de interromper o pagamento do auxílio-educação em dezembro e vai continuar com o subsídio até o final do curso de quem já está matriculado.
VA e VR – Outra questão que atende à pauta de reivindicações dos bancários é a implementação de um sistema que permita aos bancários transacionar valores entre o VR e VA e vice-versa.
Crédito consignado – Outra conquista importante é a ampliação do crédito consignado, que passará a ser aplicado nos mesmos moldes do HSBC – com juros abaixo dos cobrados anteriormente pelo Bradesco –, para todos os funcionários do banco.
Não ao caos – O caos que se instalou durante a transição das agências do HSBC para o Bradesco também foi pauta da reunião. Em relação às agências madrinhas, que emprestam funcionários do Bradesco para as agências incorporadas, o banco se comprometeu a olhar os casos e prorrogar as situações onde isso seja necessário. O movimento sindical também poderá indicar agências em que veja a necessidade da prorrogação.
Positivo – Gheorge Vitti, coordenador da COE Bradesco, avaliou a reunião como positiva, pois ficou claro os avanços no novo ciclo de debates. “Além de sermos ouvidos, houve avanços, ressaltando o papel da COE e o amadurecimento na mesa por parte do RH e, concomitante, da diretoria do banco. Não atenderam tudo, porém, acreditamos que haja menos distância hoje nos diálogos, aproximando os interesses dos trabalhadores e do banco. Isso pode nos levar a outras conquistas para os trabalhadores do Bradesco.”
Negativo – Liliane Fiúza, sindicalista que participou da reunião, reforça a importância de o Bradesco levar em conta a situação atípica vivida pelos trabalhadores. “Não há como cobrar metas de bancários que ainda não estão familiarizados com o sistema do banco. Esse é um problema que precisa resolvido com urgência. É uma situação caótica que leva muitos trabalhadores ao desespero, seja pela pressão que sofrem inclusive dos clientes, seja pelo excesso de trabalho”, critica. O Bradesco informou que irá ponderar todos os casos. SEEB-São Paulo