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Dia Internacional do Trabalho

A Diretoria do Bancários Joinville, neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, quer parabenizar você, trabalhador brasileiro em especial a Categoria Bancária! Esses homens e mulheres que não medem esforços para o cumprimento de suas obrigações diárias.

Trabalhador que constrói as Nações, mas que apesar de sua dedicação infindável nem sempre tem seu trabalho, nem sequer seus direitos respeitados. Neste dia, comemoramos as vitórias trabalhistas no mundo todo.

E, não há como falarmos em vitórias sem falarmos em lutas: lutas pela melhoria dos salários, lutas pelas melhorias das condições de trabalho, lutas pela melhoria da segurança no trabalho, lutas pela preservação dos empregos e, sobretudo, lutas por uma sociedade mais justa, com acesso universal e igualitário de todos à saúde, educação, cultura, ciência, tecnologia, pesquisa, inovação, justiça, previdência e lazer.

HISTÓRIA DO 1º DE MAIO

Nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos, no final do século XVIII e início do século XIX, a jornada de trabalho chegava a alcançar 17 horas diárias. Férias, descanso semanal remunerado e aposentadoria inexistiam. Homens, mulheres, adolescentes e inclusive crianças, trabalhavam literalmente até morrer à exaustão, de doenças e até de fome.

Carentes e oprimidos, os operários começaram a criar “Caixas de auxílio mútuo”. Essas formas de organização de solidariedade classista, deram origem aos sindicatos e foram também embriões de diversos movimentos reivindicatórios.

No dia 1º de Maio de 1886, a cidade de Chicago – então o principal centro industrial dos EUA, amanheceu tomada por uma greve geral, que tinha como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho, de 13 para 08 horas diárias. No entanto, as manifestações e passeatas foram brutalmente reprimidas pela polícia, que não hesitava em abrir fogo contra a multidão. Centenas de trabalhadores foram mortos.

Gângsteres contratados por patrões irresponsáveis invadiram residências de operários, que eram espancados e tinham suas casas destruídas. A ordem patronal era: voltar imediatamente ao trabalho. A imprensa burguesa da época chamava os grevistas de “cafajestes, preguiçosos e canalhas”.

Em um julgamento em que os réus já entraram condenados, a “Justiça” sentenciou à forca os líderes operários Parsons. Engel, Fischer, Lingg e August Spies. Fieldem e Schwab foram condenados à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

No dia 11 de novembro daquele ano, Engel, Fischer, Parsons e August Spies foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg suicidou-se. Perante o tribunal que o condenou, entre outros motivos por “Agitação socialista”, Parsons manteve uma postura heroica e suas palavras imortais até hoje emocionam e mostram que a repressão não quebranta a dignidade de um verdadeiro revolucionário.

“Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão. A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo”.

A coragem de Parsons veio de uma percepção lúcida da realidade. Como traduz seu discurso, quando o proletariado desperta para a luta política enquanto classe, as lutas por conquistas específicas têm sentido histórico mais amplo, pois estão ligadas à luta maior contra toda a forma de opressão, tendo como objetivo o fim da exploração do homem pelo homem.

Além de Parsons, August Spies também falou no tribunal que o condenou à forca em 1886: “Se com nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário, este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, se esperam a rendição, se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apaga-lo!”.

Portou-se como um valoroso soldado da luta de classes, fenômeno social que existirá enquanto houver exploração. Em 1889, três anos depois dos eventos de Chicago, reuniu-se em Paris um Congresso operário marxista, que marcou a fundação da Segunda Internacional Socialista. Naquele Congresso elaborou-se uma diretriz, iniciativa do belga Raymond Lavigne, de organizar uma grande manifestação internacional para o ano seguinte, ao mesmo tempo, com data fixa, 1º de Maio, em todos os países, nas grandes cidades, pela redução da jornada de trabalho para 08 horas.

No Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, em Setembro de 1891, foi aprovada a resolução histórica: em homenagem aos mártires de Chicago, tornar o 1º de Maio “Um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade”.

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