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Diretor da OIT no Brasil critica pressa na tramitação da reforma trabalhista

O diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Peter Poschen, alertou senadores nesta quarta-feira sobre o perigo de se aprovar com pressa a reforma trabalhista. Segundo ele, a necessidade de adaptação das normas trabalhistas às novas formas de trabalho é um fenômeno global, mas é necessário que os critérios sejam discutidos de forma a alcançar coerência e consenso. Segundo ele, a afirmação de que a reforma vai gerar empregos “tem poucas evidências” na experiência internacional.

— Escutei aqui hoje falarem que essa reforma tem pressa e o Brasil precisa de medidas rápidas. A experiência mostra que é muito importante ter uma reforma acertada, bem construída, durável, do que ter uma reforma rápida.

Durante audiência pública no Senado Federal, Poschen expôs a opinião da OIT sobre novas formas de trabalho, como terceirização, trabalho intermitente, temporário e parcial. Segundo ele, um estudo da organização mostra que esse tipo de trabalho pode ser positivo para algumas profissões e carreiras mas, sem salvaguardas, isso pode ser extremamente negativo para outros trabalhadores. Ele destacou que esse impacto negativo é desproporcional sobre mulheres, jovens e migrantes.

Ele ainda comentou a valorização da negociação coletiva. Pelo projeto da reforma trabalhista, o acordado entre sindicatos e empresas poderá ter força de lei para uma série de itens.

— Acreditamos nessa ferramenta (a negociação coletiva), mas temos que ver se as condições estão sendo dadas para que a negociação tenha esse papel, precisa ter um fortalecimento das organizações.  O Globo

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