Em assembleia, bancários rejeitam proposta da Fenaban
Joinvile – Trabalhadores de bancos públicos e privados de Joinville e região rejeitaram em assembleia no CFRP dos Bancários, nesta quinta 9, proposta apresentada pela Federação dos Bancos (Fenaban), dentro da Campanha Salarial dos Bancários 2018, que apenas cobre a inflação medida pelo INPC para salários, pisos e demais verbas, como PLR, VA, VR e auxílio-creche/babá.
“A proposta é insuficiente e incompleta. Não contempla o bancário nem prevê aumento real. Não há compromisso com a não terceirização agora possível com a reforma trabalhista. E se não é pouco, ainda ameaçam retirar a cláusula sobre os dias não trabalhados (greve), não abonando eventuais dias parados”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Joinville, Valdemar Luz.
Pela proposta da Fenaban, o acordo seria de quatro anos, com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para este ano, o reajuste seria de 3,90% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018). Os bancos propuseram ainda o pagamento da primeira parcela da PLR para o mês de setembro.
A proposta dos bancos tampouco contempla reivindicações importantes, como manutenção dos empregos, a não adoção das novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista e combate as metas abusivas que adoecem grande número de trabalhadores.
Uma nova rodada de negociação está marcada para o dia 17 de agosto.
Dia do Basta
A assembleia também decidiu pela participação do Sindicato em atos nesta sexta-feira 10 de agosto, convocado pela UGT, CTB, Intersindical e demais centrais sindicais, contra os retrocessos do governo Temer, como a reforma trabalhista, o aumento dos combustíveis e em defesa das empresas públicas. No entanto, não haverá paralisações nos bancos de Joinville e região.
Sindicato não abre na sexta-feira
O Bancários Joinville não prestará serviços nesta sexta-feira (10), em decorrência da participação da entidade na mobilização, que terá ato público, manifestação e panfletagem. Contudo, haverá plantão na sede.
No país
Em todo o país, a categoria está dizendo “não” ao que foi oferecido pelos bancos. Bancários de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Angra (RJ), Campo Grande, Dourados (MS), Jundiaí e região (SP), Pará, Mato Grosso, Campos dos Goytacazes e Região (RJ), Belo Horizonte (BH) e muitos outros unem-se numa só voz.
Veja como foram as negociações anteriores com a Fenaban
> 1ª rodada: Bancos frustram na primeira rodada de negociação
> 2ª rodada: Calendário de negociações foi definido
> 3ª rodada: Categoria adoece, mas Fenaban não apresenta proposta
> 4ª rodada: Bancos não avançam nas negociações e insistem em tirar direitos
> 5ª rodada: Campanha 2018: bancos não apresentam proposta
> 6ª rodada: Fenaban oferece reposição da inflação, sem ganho real
Veja como foram as negociações com a Caixa
> 1ª rodada: Empregados e Caixa definem calendário de negociação
> 2ª rodada: Direção da Caixa não garante direitos dos empregados
> 3ª rodada: Governo quer impor o fim do Saúde Caixa
> 4ª rodada: Reunião de Negociação Coletiva com a Caixa Econômica Federal
> 5ª rodada: Caixa apresenta proposta inaceitável
Veja como foram as negociações do BB
> 1ª rodada: BB mostra disposição para negociar com funcionários
> 2ª rodada: Resultado da negociação com o Banco do Brasil
> 3ª rodada: Terceira negociação com BB traz poucos avanços
> 4ª rodada: Banco do Brasil propõe reduzir prazo de descomissionamento
> 5ª rodada: Mesa de negociação com BB fica zerada na pauta econômica
> 6ª rodada: Banco do Brasil apresenta proposta insuficiente e incompleta
Veja como foram as negociações do Banrisul
> 1ª rodada: Primeira mesa de negociação com o Banrisul termina em frustração
Veja como foram as negociações dos Financiários
> 1ª rodada: Financiários iniciam negociação com Fenacrefi
> 2ª rodada: Financiários tem primeira vitória