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Empregados e Caixa definem calendário de negociação

Na primeira rodada de negociação com a Caixa, nesta sexta-feira 13, apesar de os integrantes do banco terem se negado a assinar pré-acordo para garantir a validade do acordo específico dos empregados até sua renovação (ultratividade), os representantes dos bancários conseguiram agendar as próximas rodadas de negociação, dias 18 e 26 de julho.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que representa os bancários na mesa de negociação com o banco, protestou contra a decisão de remeter a decisão final sobre o acordo coletivo ao Conselho de Administração (CA) da Caixa, colegiado formado por agentes egressos do mercado financeiro, o que pode prejudicar os direitos dos trabalhadores e atacar a função pública e social do banco.

“Esperamos que até 1º de setembro [data base da categoria bancária], o acordo esteja renovado”, destacou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Esse ponto é crucial para os empregados diante da nova lei trabalhista proposta pelo governo Temer, feita sob encomenda do setor patronal (Lei13.467/17), que acabou com uma série de direitos, dentre eles o princípio da ultratividade. Com isso, todos os direitos previstos no acordo específico e na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria podem ser anulados após 31 de agosto (um dia antes da data base da categoria), caso os documentos não sejam renovados.

Saúde e condições de trabalho

Saúde e condições de trabalho foi o tema desta primeira rodada de negociação com a Caixa, ocorrida em São Paulo.

Os representantes dos bancários cobraram a revogação imediata da RH 184 versão 41; o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), da verticalização e dos descomissionamentos arbitrários.

Também protestaram veementemente contra o descomissionamento de gestantes, uma medida claramente discriminatória, misógina e machista.

Foram cobrados, ainda, mais transparência nos Processos Seletivos Internos (PSI), sem descriminação de áreas ou público alvo; a contratação de mais empregados; incentivo à escolaridade, com a disponibilização de bolsas de estudo; a implantação de Política de Saúde Mental; e o ressarcimento do valor gasto com CPA 20.

Os representantes da Caixa informaram que 500 bolsas de pós-graduação estão disponíveis, e que até o fim de agosto, as bolsas de graduação e línguas também estarão viabilizadas. O acordo 2017/2018 previa que essas bolsas já deveriam estar à disposição desde o começo do ano.

Também foi entregue ofício reiterando a cobrança de mais transparência e disponibilização de dados que permitam às entidades representativas dos empregados entenderem o Saúde Caixa.

Próximas negociações

Na próxima mesa, no dia 18 de julho, voltarão ser debatidos assuntos relativos a saúde e condições de trabalho e ainda os temas nenhum direito a menos e Caixa 100% pública. No dia 26 de julho, os temas serão Saúde Caixa e Funcef.

“Este ano, estamos combatendo o desmonte dos direitos e do banco público, e os empregados devem participar ativamente das próximas atividades convocadas pelas entidades sindicais, se informar por essas entidades e se mobilizar na defesa dos seus direitos e da Caixa 100% pública”, alerta Dionísio Reis. SEEB – São Paulo

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