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Empregados rejeitam propostas para o Saúde Caixa

Brasília – Em nova negociação, nesta sexta 21, os representantes dos trabalhadores rejeitaram em mesa as propostas do banco para o Saúde Caixa. Na última quarta 19, o banco apresentou seis propostas que alteram o atual modelo de custeio do plano. Todas oneram significativamente os trabalhadores, uma vez que impactam nas mensalidades e coparticipação, além de individualizar a cobrança por usuário, de acordo com a faixa etária, e não mais por grupo familiar.

As propostas apresentadas pelo banco, sob a justificativa de necessidade de capital, extinguem a proporção 70/30 no modelo de custeio – na qual o banco arca com 70% das despesas em assistência de saúde e os participantes com 30%, sendo que a Caixa é responsável também por 100% das despesas administrativas.

“As propostas apresentadas encarecem o plano, acarretando em prejuízos para a ampla maioria dos participantes. Para capitalizar a Caixa, Pedro Guimaraes deve ir conversar com o Paulo Guedes ou mesmo com Bolsonaro, e não vir para cima dos direitos dos empregados da Caixa. Eles tentam dividir os empregados, fazendo-os olhar apenas para o próprio umbigo de forma imediatista, impondo a individualização. Defendemos o atual modelo de custeio como sustentável. O que não se sustenta é o teto de gastos do mantenedor. Queremos o Saúde Caixa para todos”, diz Leonardo Quadros, diretor da Apcef-SP.

Atualmente, o custo do Saúde Caixa é dividido de forma igualitária para todos os beneficiários, com 70% do valor custeado pela Caixa. O modelo permite que todos os empregados tenham condições de pagar o plano de saúde, de forma solidaria com todas as faixas etárias e salariais.

Falta transparência

Para os representantes dos empregados, a falta de transparência da direção do banco inviabiliza a negociação da proposta.

“Em 2015, a Caixa aceitou acordo para a utilização do superavit, que chegava a R$ 700 milhões. Sem trazer os dados para o Conselho de Usuários e para o GT do Saúde Caixa, a partir de 2016 o banco passa a alegar a existência de déficit. Essa falta de transparência absurda é mais um ponto para recusarmos essas propostas. Não temos como negociar sem as informações necessárias. Por dois anos estudaram formas de fazer essas propostas e querem que aceitemos sem termos os dados, colocando a responsabilidade da capitalização do banco sobre os ombros dos empregados”, destaca o sindicalista, Dionísio Reis.

“O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tenta inviabilizar e retirar uma conquista importantíssima dos empregados, que é o Saúde Caixa. Hoje, o participante paga 2% da remuneração base, 20% de cooparticipação, com teto de R$ 2,4 mil. Parâmetros que subiriam se qualquer uma das propostas fossem aceitas (veja exemplos). Uma coisa são ajustes pontuais para solucionar o déficit. Outra é alterar por completo o modelo de custeio, onerando os participantes e prejudicando a sustentabilidade do próprio Saúde Caixa”, conclui.

A CEE/Caixa continua aberta a novas negociações sobre o Saúde Caixa. Uma nova mesa de negociação está agenda para a próxima segunda 24, já com as propostas de PLR. O horário ainda será definido.

Confira as propostas apresentadas pela Caixa:

Veja exemplos: 

Assembleias

O Sindicato vai preparar um calendário de mobilização dos bancários, a começar pela preparação de assembleia para a próxima semana.

Bancos continuam lucrando

Mesmo neste momento de crise econômica, os bancos seguem lucrando alto. No primeiro semestre deste ano, o lucro dos quatro maiores – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – chegou a R$ 28,5 bilhões (Caixa ainda não divulgou seu balanço).

Em 2019, os lucros somados dos cinco maiores alcançou R$ 108 bilhões, um crescimento de mais de 30% em relação a 2018. E a economia já estava em crise.

Calendário

Veja abaixo o calendário das mesas. Clique nos respectivo link para saber mais.

• Dia 04/08 – FENABAN: Teletrabalho, Ultratividade, Garantia de emprego, Comissões temáticas

• Dia 05/08 – BANCO DO BRASIL: Teletrabalho

• Dia 06/08 – FENABAN: Emprego

• Dia 07/08 – BANCO DO BRASIL: Emprego

• Dia 07/08 – CAIXA FEDERAL: Teletrabalho

• Dia 11/08 – FENABAN: Saúde e Condições de trabalho

• Dia 12/08 – CAIXA FEDERAL: Saúde e Segurança

• Dia 12/08 – BANCO DO BRASIL: Saúde e Segurança

• Dia 13/08 – FENABAN: Igualdade

• Dia 14/08 – FENABAN: Cláusulas Sociais

• Dia 17/08 – BANCO DO BRASIL: Cláusulas Sociais

• Dia 17/08 – CAIXA FEDERAL: Igualdade e Cláusulas Sociais

• Dia 18/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas

• Dia 19/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Sociais

• Dia 20/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas

• Dia 21/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas

• Dia 21/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Sociais

• Dia 25/08

• Dia 26/08

• Dia 27/08

• Dia 28/08

As datas sem temas definidos serão para discussão de outros assuntos e de pontos pendentes das mesas anteriores. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as negociações serão feitas por videoconferência.

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