Joinville inicia greve com 70% das agências bancárias paralisadas
A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC, rejeitou na mesa de negociação a nova proposta apresentada pela Fenaban nesta sexta-feira 9, quarto dia da greve nacional da categoria, que eleva de 6,5% para 7% o reajuste do salário (2,39% abaixo da inflação), da PLR e demais verbas salariais e aumenta o abono para R$ 3.300, mas continua ignorando as reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.
Nova rodada de negociação foi marcada para a terça-feira 13 de setembro, às 14h, em São Paulo.
“O que temos na balança, na verdade, é a escolha por parte de nossos bancários entre a vitoriosa política que vimos desenvolvendo nos últimos doze anos, de aumento real de salários ou a terrível volta das perdas inflacionárias da década de 1990, ou seja, a troca da reposição da inflação pelos abonos”, afirma Valdemar Luz, presidente do Bancários Joinville.
“A Fenaban sequer discute nossas reivindicações sociais, como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades“, acrescenta o sindicalista.
Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos, de 1995 a 2002 os bancários dos bancos privados tiveram perdas de 4,60% nos salários; os do Banco do Brasil, 33,53%; e os empregados da Caixa, 37,38%.
Greve em Joinville e região
Em Joinville, numa ação histórica coordenada pelo sindicato, 100% dos bancos privados não abriram suas portas, e a paralisação atingiu 70% de todas as agências bancárias. A greve nacional conta com 10.027 agências e 54 centros administrativos que tiveram suas atividades paralisadas. Esse número representa 42,59% das agências bancárias do país.
Em Barra Velha, cidade da base do sindicato, 100% das agências aderiram a greve.
“Assim sendo, temos que continuar firmes na greve e deixar bastante claro aos banqueiros na rodada de negociação desta terça-feira, dia 13, que a categoria não aceitará em hipótese alguma proposta que rebaixe nosso salário”, conclui o presidente.
