Lucro do Itaú chega a R$ 19,25 bi nos nove primeiros meses do ano
O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 19,255 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. O montante corresponde a um crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2017. Com isso, a rentabilidade do banco foi de 21,7%, mesmo patamar medido no ano passado.
Contribuíram para o resultado o menor custo de crédito e as maiores receitas com prestação de serviços. O primeiro está relacionado à melhora da qualidade da carteira de crédito no Brasil, tanto no Banco de Varejo quanto no Banco de Atacado, o que reduz as despesas com provisão para devedores duvidosos (a queda foi de 22,7%). Além disso, houve crescimento de 13,7% na Receita de Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo.
Tarifas
Já as receitas do Itaú com prestação de serviços e tarifas bancárias chegaram a R$ 28 bilhões, uma alta de 7,7% em relação aos nove primeiros meses de 2017. Apenas com essa receita o Itaú cobre 162% do total de suas despesas de pessoal, ou seja, paga toda ela e ainda sobra R$ 10,8 bilhões.
Para Marta Soares, bancária do Itaú e sindicalista, os sucessivos lucros do banco deveriam refletir em valorização do seu corpo de funcionários. “Queremos o fim das demissões, dos adoecimentos diante de metas cada vez mais abusivas. Em empresa com tamanho resultado, os bancários deveriam trabalhar em paz. Mas não é isso que vemos, e sim um clima de intranquilidade, temor pelo emprego e em relação ao futuro”, ressalta.
Empregos e agências
Entre setembro de 2017 e setembro deste ano, o Itaú abriu 8 novas agências físicas, totalizando 3.531 unidades no país. E ainda 17 novas agências digitais – que agora somam 173. As agências digitais são responsáveis por 18% do volume financeiro do crédito, 40% dos investimentos e 74% dos pagamentos no Itaú.
Já o número de trabalhadores do Itaú no Brasil chegou a 87.070, um aumento de 4.669 em relação a setembro de 2017, em função da aquisição das operações de varejo do Citibank no país. Além disso, o Itaú destaca as contratações de consultores de seguros para a rede de agências e na área de tecnologia.
Carteira de crédito
A carteira de crédito apresentou crescimento de 10,6% em relação a setembro de 2017, chegando a R$ 636,4 bilhões. O crédito Pessoa Física cresceu 11,2%, com destaque para as linhas de cartão de crédito (+20,1%), crédito pessoal (+11,3%) e veículos (+9,7%).
O crédito para Micro e Pequenas empresas também apresentou alta de 14,3%, em contrapartida ao para as grandes empresas, que teve redução de 2,2%. De acordo com o Itaú, a queda se deu pelo fato destas últimas passarem a buscar mais recursos no mercado de capitais, ao invés do mercado de crédito.
O índice de inadimplência chegou a 2,9% da carteira de crédito, ante 3,2% em setembro de 2017. SEEB – São Paulo