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Lucro do Santander ultrapassa os R$ 14,5 bi em 2019

São Paulo – O Banco Santander (Brasil) S/A registrou lucro líquido de R$ 3,748 bilhões no quarto trimestre deste ano, uma alta de 3,9% em relação aos três meses anteriores, quando o ganho havia ficado em R$ 3,608 bilhões. Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, ficou em R$ 3,726 bilhões nos últimos três meses do ano passado, segundo balanço divulgado pelo banco nesta quarta-feira (29).

No acumulado em 2019, o lucro líquido do Santander somou R$ 14,181 bilhões, alta de 16,6% na comparação com 2018 (R$ 12,166 bilhões). Já o lucro gerencial alcançou R$ 14,55 bilhões, alta de 17,4%.

As receitas totais somaram R$ 65,379 bilhões em 2019, aumento de 6,8% na comparação com o ano anterior. Já as despesas totais totalizaram R$ 21,238 bilhões, crescimento de 5% em relação a 2019. Os principais gastos foram em serviços técnicos especializados e de terceiros e propaganda, promoções e publicidade, segundo o banco em nota.

A carteira de crédito, por sua vez, cresceu 15,3%, e alcançou R$ 352,028 bilhões ao final de 2019. “Vale mencionar a retomada no trimestre em grandes empresas, que aumentou 8,1%,e pequenas e médias empresas que cresceu 6,7%. Nossa participação de mercado em crédito alcançou 10,0% em novembro de 2019, o que representa o maior patamar dos últimos dez anos, e uma alta de 0,75p.p. em doze meses”, apontou o banco em nota.

Segundo o banco, o número de clientes ativos totais alcançou 26.3 milhões em dezembro, uma alta de 9% em relação ao ano passado.

Resultado global

Em todo o mundo, o banco espanhol registrou queda de 17% no lucro líquido em 2019, consequência da grande depreciação de sua filial britânica, prejudicada pela incerteza do Brexit, mas com resultados positivos na América Latina, responsável por 46% do lucro global.

O lucro líquido de 6,515 bilhões de euros superou, no entanto, as previsões dos analistas entrevistados pela agência de notícias financeiras Factset, que projetavam um resultado de 6,27 bilhões de euros.

O Reino Unido, que já foi o principal mercado do Santander, vem perdendo importância na contribuição para os resultados do banco, o maior em capitalização na Bolsa na zona do euro, desde o referendo sobre o Brexit em 2016.

O país agora representa apenas 11% de seu lucro global. O Brasil se tornou o maior mercado do banco, com a contribuição de 28% do lucro mundial. G1


Aumento constante das receitas com serviços, tarifas e a redução do quadro de pessoal mostra descaso do banco com clientes e funcionários

O banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 14,550 bilhões em 2019, crescimento de 17,4%, em relação a 2018, e de 0,6% no trimestre, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço apresentado pelo banco nesta quarta-feira (29). O resultado foi positivamente impactado pela entrada de créditos tributários no montante de R$ 3,3 bilhões e pelas receitas de serviços e tarifas. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) foi de 21,3%, com alta de 1,4 pontos percentuais em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 28% do lucro global, que foi de € 8,252 bilhões (com crescimento de 3% em um ano).

A cada trimestre o banco Santander no Brasil tem um crescimento no lucro. E isso se repete faz anos. O resultado é uma consequência do trabalho árduo realizado por bancários e bancárias, que se desdobram para realizar as tarefas que se acumulam.

Descaso com trabalhadores e clientes

O resultado que surge de uma equação que tem entre suas variáveis a redução de pessoal, o aumento de agências e o crescimento constante do lucro são trabalhadores sobrecarregados e propensos ao adoecimento. O banco precisa parar com as demissões e contratar novos funcionários para recompor o quadro e atender melhor e mais rapidamente seus clientes.

A holding encerrou o ano com 47.819 empregados, com fechamento de 193 postos de trabalho em relação a dezembro de 2018. No quarto trimestre houve redução de 1.663 postos de trabalho no banco. Foram abertas 45 agências em doze meses (11 no último trimestre do ano).

A receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceu 8,1% em doze meses, totalizando R$ 18,7 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR subiram 1,4%, atingindo R$ 9,5 bilhões. Assim, no ano de 2019, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 196,8%.

Carteira de crédito

A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 11,9% em doze meses e 5,8% no trimestre, atingindo R$ 432,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 17,2% em doze meses, chegando a R$ 155,3 bilhões, impulsionado por crédito consignado (25,6%), crédito imobiliário (14,7%) e cartão de crédito (13%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 58,2 bilhões, com crescimento de 16,3% em relação a 2018. Do total desta carteira, R$ 41,3 bilhões (87% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 17,2% no período.

O crédito pessoa jurídica voltou a crescer em doze meses, alcançando R$ 138,5 bilhões, com variação de 12,9% em doze meses. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 15,4%, e o de grandes empresas cresceu 11,9%. Desconsiderando-se o efeito cambial, o crescimento seria 10,5% em doze meses. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 2,9%, com queda de 0,2 pontos percentuais, enquanto as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) subiram 26,7%, somando R$ 16,1 bilhões.

Veja abaixo a tabela com o resumo da análise do Dieese. (Fonte: Seeb SP)

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