Negociação com FENABAN é quarta 1 e bancários querem proposta
São Paulo – A nova lei trabalhista acabou com a ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro. E essa é mais uma preocupação da categoria na Campanha 2018. Por isso, os bancários cobraram da Fenaban que assinasse um pré-acordo garantindo a ultratividade da CCT após 31 de agosto, quando acaba sua validade.
“Mas a resposta foi que, até o final do calendário de negociações nós já teríamos uma proposta final. Acontece que já tivemos quatro rodadas e os bancos não deram respostas concretas à maioria das nossas reivindicações. A última mesa agendada, nesta quarta 1º de agosto, debaterá cláusulas econômicas e de igualdade de oportunidades, e esperamos que a Fenaban realmente traga uma proposta final digna de ser apresentada aos bancários”, ressalta Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa uma das mesas nas negociações com a Fenaban (federação dos bancos).
A dirigente reforça que a categoria deve estar mobilizada para defender todos os direitos contidos na CCT; defender sua validade para toda a categoria, independentemente da remuneração do bancário; pela garantia dos empregos e por valorização, com aumento real e PLR maior.
“Os bancos podem valorizar seus empregados, pois têm lucros cada vez maiores mesmo na crise. E nada mais justo, já que é o trabalho e dedicação desses bancários, muitas vezes ao custo de suas saúdes inclusive, que fazem os bancos lucrarem tanto”, destaca Ivone, lembrando que a categoria espera aumento real nos salários e demais verbas e PLR maior.
Bancos podem valorizar seus empregados
Os números comprovam que os bancos podem oferecer aumento real aos trabalhadores. Em 2017, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, crescimento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,6 bi em lucro, 20,4% a mais do que no mesmo período de 2017.
Santander e Bradesco já anunciaram seus resultados do primeiro semestre e mantêm tendência de alta: o lucro do Santander cresceu 27,5% (R$ 5,9 bi) e o do Bradesco aumentou 9,7% (R$ 10,2 bi).
“Ou seja, queremos proposta digna desses lucros”, completa Ivone.
Veja como foram as negociações anteriores com a Fenaban
> 1ª rodada: Bancos frustram na primeira rodada de negociação
> 2ª rodada: Calendário de negociações foi definido
> 3ª rodada: Categoria adoece, mas Fenaban não apresenta proposta
> 4ª rodada: Bancos não avançam nas negociações e insistem em tirar direitos
Negociações específicas com BB e Caixa
Paralelamente às rodadas de negociação com a federação dos bancos que discutem a pauta geral da categoria para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) -, os representantes dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal realizam mesas de negociação com as direções dos respectivos bancos (abaixo links sobre mesas do BB e da Caixa) para debater as pautas específicas dos trabalhadores de cada uma das instituições financeiras, para a renovação dos respectivos acordos coletivos aditivos à CCT.
Veja como foram as negociações com a Caixa
> 1ª rodada: Empregados e Caixa definem calendário de negociação
> 2ª rodada: Direção da Caixa não garante direitos dos empregados
> 3ª rodada: Governo quer impor o fim do Saúde Caixa
> 4ª rodada: Reunião de Negociação Coletiva com a Caixa Econômica Federal
> Caixa: PLR e PLR Social ameaçadas
Veja como foram as negociações do BB
> 1ª rodada: BB mostra disposição para negociar com funcionários
> 2ª rodada: Resultado da negociação com o Banco do Brasil
> 3ª rodada: Terceira negociação com BB traz poucos avanços
> 4ª rodada: Banco do Brasil propõe reduzir prazo de descomissionamento
SEEB – São Paulo com edição redação Bancários Joinville