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O dia em que os trabalhadores pararam o Brasil

Brasil, 28 de Abril de 2017. Cem anos após a primeira grande greve geral dos trabalhadores, a história se repete. Atendendo à convocação da UGT e demais centrais sindicais, milhões de trabalhadores cruzaram os braços e foram para as ruas para mostrar sua insatisfação e indignação e dizer ao governo que não aceitam as reformas trabalhista e da Previdência, a lei da terceirização generalizada e o desmonte dos bancos públicos.

Em todos os cantos do país, bancários, professores da rede pública e privada, petroleiros, metalúrgicos, médicos e servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de um sem-número de militantes de movimentos sociais e estudantes, demostravam sua capacidade de organização e mobilização conjunta em defesa dos seus direitos.

Estima-se que a paralisação superou em números a grande greve de 1989, quando cerca de 35 milhões de trabalhadores suspenderam suas atividades.

Joinville

Em Joinville, a manifestação começou com a ocupação do terminal central de ônibus da cidade. A estação foi bloqueada para entrada e saída de ônibus durante toda a manhã. A estação permaneceu fechada até o meio-dia.

Os manifestantes que estavam no terminal se uniram aos servidores municipais e estaduais que estavam em assembleia em frente à Prefeitura do município. O protesto prosseguiu em passeata pelas ruas Princesa Isabel, Blumenau, Nove de Março e finalizou no Terminal Central.

O presidente do Bancários Joinville assinalou em emocionado discurso: “Meu saudoso pai me ensinou a acreditar em um país onde vale a pena acordar de manhã e sair à labuta. O problema hoje são forças que estrangulam o trabalhador e a população. O problema hoje também é o conformismo dos jovens. Voltemos à Grécia antiga, berço da democracia.

Lá, para se referir ao homem focado nos seus próprios interesses, que não se importava com o coletivo ou com o que acontecia à sua volta, era usado o termo “idiotes”, hoje “idiota”. Ou seja, uma pessoa que não tomava parte das decisões públicas. Já as pessoas que tinham interesse no cuidado com a sociedade e com os demais era chamado de “politicós”, hoje “político”.

São 80 anos de conquistas de nossa CLT. Parabenizo os trabalhadores que estão hoje aqui na praça, militando conosco. Será que é assim que morre a democracia? A democracia morre num aplauso? Proletários do mundo, uni-vos.”

A Polícia Militar calculou em 7.000 os manifestantes presentes. Redação Bancários Joinville com AN & SEEB-DF

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