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PDVE na Caixa

Demissão faz parte das relações entre patrão e empregado, independente do segmento, porém, o problema está no modo como são realizados os processos de desligamento. Um processo como este que está ocorrendo na CAIXA revela o alto grau de irresponsabilidade e falta de compromisso com a sociedade brasileira, principalmente no contexto econômico e social pelo qual passa o Brasil.

Serão mais dez mil pessoas competentes, treinadas e relativamente jovens procurando emprego nesse mercado já tão pressionado pelos 12,6 milhões de desempregados. Não há justificativa para essas demissões, disfarçadas pelo codinome PDVE, conduzidos sem planejamento e respeito ao ser humano.

Para a população fica a imagem de uma empresa socialmente irresponsável. Pois neste exato momento em que o país precisa de pessoas gerando renda, trabalhando e contribuindo para o capenga INSS, a CAIXA demite e nem sequer informa se haverá reposição das vagas que serão abertas.

As agências da Caixa hoje vivem o caos, unidades com sete apenas empregados, muitas vezes, se um empregado entra em férias e outro adoece ( o que vem ocorrendo com frequência) o Gerente têm de fechar as portas na hora do almoço.

Isso tem um nome: irresponsabilidade. Com esse PDVE todos perdem: a população porque será mal atendida, o ex-funcionário que passará a receber menos salário, pois a FUNCEF que deveria garantir uma remuneração justa está capengando desde 2014 e a própria empresa que verá a redução da qualidade dos trabalhos prestados cair vertiginosamente.

E fica a pergunta: a quem interessa esse movimento todo? Quando vemos empresas que são do povo brasileiro serem sucateadas sem nenhum critério, sem nenhuma responsabilidade. Certamente isso interessa a grupos específicos: principalmente bancos privados com seus balanços bilionários e com lucros crescendo exponencialmente enquanto uma empresa centenária como a CAIXA sendo encolhida a cada dia.

Enquanto um enfraquece outro se fortalece. Qual seria o objetivo final desse processo? E já se fala em “abrir agências no final de semana” num total desrespeito aos já explorados funcionários, que já tem tão pouco tempo de vida fora do banco.

A decisão de aderir é pessoal e intransferível de cada empregado, mas cabe o alerta, que no termo de adesão, consta a condição de que o funcionário passe uma quitação ampla geral e irrestrita, não podendo em tempo algum reclamar quaisquer direitos trabalhista na justiça. Numa atitude desrespeitosa com todos, inclusive consigo mesmo pois negligencia o futuro da empresa no cenário bancário brasileiro. Feebpr

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