Campanha SalarialSindicato

Por que o movimento sindical indica a aprovação da proposta

Joinville – Após várias rodadas de negociações e propostas rebaixadas, que resultariam em redução de até 48% no valor da PLR; reajuste zero com perda de 2,65% nos salários; ou o fim da 13º cesta alimentação, os bancários conseguiram reverter a enxurrada de retirada de direitos e cortes de rendimentos.

De reajuste zero, os trabalhadores de bancos arrancam para 2020 aumento de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda a reposição da inflação (estimada em 2,74% no período) para demais verbas, como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá. Caso a proposta seja aprovada em assembleia a ser realizada virtualmente a partir das 8h desta segunda 31, o abono será pago até o final de setembro.

Para 2021, o acordo, caso aprovado, garante para todos a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentção e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.

A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos, o que dará segurança para a categoria em meio a um cenário de retirada de direitos dos trabalhadores.

> Fenaban propõe acordo para dois anos com reajustes e sem retirar direitos
> Banco do Brasil recua na retirada de direitos
> Caixa apresenta proposta final para Saúde Caixa no acordo
Banrisulenses obtêm avanços na mesa com o Banrisul

Governo, Correios e Petrobras

Além da situação adversa imposta pela pandemia do coronavírus, o país vive sob um governo contrário aos direitos dos trabalhadores e favorável à privatização das empresas públicas.

Em dois exemplos recentes das dificuldades geradas pela situação atual, a greve nos Correios, que já dura 13 dias, não resultou em acordo entre funcionários e empresa, e será decidida no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O vice-presidente do TST apresentou uma proposta de renovação das 79 cláusulas vigentes no acordo coletivo, sem reajustes nas cláusulas econômicas. A proposta chegou a ser aceita pelos empregados, mas os Correios só aceitaram a manutenção de nove das cláusulas. Agora o resultado da greve será decidido pelo TST.

Na campanha salarial dos petroleiros, a Petrobras propôs um acordo que prevê congelamento dos salários este ano e reposição da inflação em setembro de 2021.

Cerca de 80% dos acordos trabalhistas fechados em agosto ficaram abaixo do INPC.

A mobilização da categoria bancária nas redes sociais foi fundamental para reverter a retirada de direitos que os bancos insistiam em impor e resultou em uma proposta com reajuste salarial e abono em 2020, aumento real em 2021 e a manutenção de todos os direitos clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos específicos dos bancos públicos.

Os bancos, que em diversas rodadas de negociação da Campanha dos Bancários 2020 insistiam em reajuste zero para a categoria, finalmente avançaram na proposta. Após várias horas de negociação, que iniciou às 16h de quinta-feira 27 e se estendeu até a manhã desta sexta-feira 28, a Fenaban (federação dos bancos) propôs reajuste de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda a reposição da inflação (estimada em 2,74% no período) para demais verbas, como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá.

O reajuste de 1,5% nos salários + abono de R$ 2.000,00 para todos este ano garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários. Isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS.

Veja como ficam salários com 1,5% de reajuste + abono de R$ 2 mil:

Veja como ficam VA, VR e demais verbas com a reposição da inflação (estimada em 2,74%): 

Manutenção da CCT e aumento real em 2021

E para 2021, estaria garantida para todos a reposição do INPC acumulado na data base e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como VA e VR, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos, o que dá segurança para a categoria neste contexto de retirada de direitos dos trabalhadores.

PLR

A Fenaban, que já tinha voltado atrás nas propostas rebaixadas de PLR, reforçou na mesa desta quinta a manutenção da PLR nos moldes atuais, e também propôs reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) para os valores fixos e tetos da PLR.

Entre a primeira proposta da Fenaban e a proposta atual, os bancários conseguiram reverter os rebaixamentos que os bancos queriam fazer na regra de PLR. Com a manutenção da regra e a atualização nos valores fixos e tetos, entre a primeira proposta e a atual, a PLR média estimada a ser paga nos 3 maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) teve um acréscimo de 12,2% para o piso de escriturário e 9,4% para o piso de caixa.

Veja tabela:

Contribuição Negocial

Também faz parte da proposta, a contribuição negocial que corresponde a 1,5% da PLR, com teto de R$ 210; e 1,5% do salários, com mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 250.

Assembleia Extraordinária nesta segunda-feira, dia 31.

O Sindicato chamará uma assembleia para a próxima segunda-feira 31, no intuito de debater com os bancários a nova proposta. A assembleia só poderá ser realizada nesta data por questões estatutárias, que nos pedem 3 dias de prazo para a publicação.

Nesta nova assembleia, a partir das 8h da manhã, será votada o aceite ou não das propostas.

Veja como foram as rodadas de negociação anteriores:

Clique nos respectivo link para saber mais.

• Dia 04/08 – FENABAN: Teletrabalho, Ultratividade, Garantia de emprego, Comissões temáticas
• Dia 05/08 – BANCO DO BRASIL: Teletrabalho
• Dia 06/08 – FENABAN: Emprego
• Dia 07/08 – BANCO DO BRASIL: Emprego
• Dia 07/08 – CAIXA FEDERAL: Teletrabalho
• Dia 11/08 – FENABAN: Saúde e Condições de trabalho
• Dia 12/08 – CAIXA FEDERAL: Saúde e Segurança
• Dia 12/08 – BANCO DO BRASIL: Saúde e Segurança
• Dia 13/08 – FENABAN: Igualdade
• Dia 14/08 – FENABAN: Cláusulas Sociais
• Dia 17/08 – BANCO DO BRASIL: Cláusulas Sociais
• Dia 17/08 – CAIXA FEDERAL: Igualdade e Cláusulas Sociais
• Dia 18/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 19/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Sociais
• Dia 20/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 21/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 21/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Sociais
• Dia 22/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 24/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Econômicas
• Dia 24/08 – BANCO DO BRASIL: Cláusulas Econômicas
• Dia 25/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 26/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 27/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas
• Dia 27/08 – BANCO DO BRASIL: Cláusulas Econômicas
• Dia 27/08 – CAIXA FEDERAL: Cláusulas Econômicas
• Dia 28/08 – FENABAN: Cláusulas Econômicas

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