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Racha demonstra fragilidade do novo Conselho Deliberativo da Cassi

Brasília – O Banco do Brasil continua a fazer terrorismo na Cassi e agora coopta alguns eleitos da Chapa Mais União para apoiar sua proposta desvantajosa e prejudicial à revelia dos associados. Um dos seus neoaliados é o novo presidente do Conselho Deliberativo, Sergio Faraco, que rejeitou pedido de vistas dos demais conselheiros eleitos em relação à proposta divulgada aos funcionários e deu um golpe ao rasgar o regimento interno do CD.

Nos últimos dias, todos os diretores e conselheiros deliberativos eleitos divulgaram suas versões sobre o que vem acontecendo na Caixa de Assistência dos Funcionários do BB.

Depois do terror que o banco espalhou dizendo que a Cassi está quebrada, a proposta, que acaba com a solidariedade, foi encaminhada ao Conselho Deliberativo, aprovada pelo voto dos quatro indicados pelo banco e pelo conselheiro eleito Faraco e vendida como “contraproposta”.

O diretor de Planos da Cassi, Humberto Almeida – veementemente contrário à proposta e que não teve participação na contraproposta votada pelo CD – e funcionários de sua área foram alijados dos debates, ferindo normas internas da Cassi.

“A proposta não contou com aprovação da Diretoria Executiva, conforme divulgado. Porque a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes tem sido contrária à proposta do banco”, escreveu Almeida aos funcionários. “O aumento da coparticipação gerará mais ônus para os associados, será objeto de tema neste mês e encaminhado para o CD, que terá poderes de aprovar sem consulta ao Corpo Social”, completa o diretor de Planos da Cassi.

Retaliação contínua

Claudio Said, indicado representante da Diretoria de Planos para avaliar a proposta feita pelo Banco do Brasil e elaborar eventuais proposições de ajustes (contraproposta), destaca, todavia, que em nenhum momento foi consultado pelo Conselho Deliberativo. “Não fui convocado, convidado, nem informado da realização das reuniões, que aconteceram sem que eu delas tivesse tomado conhecimento. Repito: em todos esses dias eu estive na Sede da CASSI, desempenhando minha jornada normal de trabalho. E em nenhum momento tomei conhecimento da realização das reuniões que discutiam a proposta do BB”, salienta.

Em resposta aos questionamentos e alinhado com o banco, Faraco, ainda que escreva que seu “único compromisso é defender intransigentemente o interesse da CASSI e de seus associados”, faz coro com o BB e terror ao dizer que a caixa de assistência está quebrada. Rebatendo as críticas, ele defende a (contra)proposta em duas oportunidades, em texto aos associados. “Este (CD) deliberou, por maioria de 5 votos dentre os 8, que a Diretoria Executiva encaminhe ao Banco a contraproposta elaborada, acompanhada da manifestação expressa dos conselheiros deliberativos que desejassem apresentá-la” e que “é inadmissível que alguém possa se posicionar contra a aprovação da contraproposta construída sem apresentar alternativa”.

João Fukunaga, representante do movimento sindical e funcionário do BB, contesta a votação no Conselho Delibertivo e a versão do presidente do Conselho. “É inadmissível ele (Faraco) intimidar as pessoas enquanto, na realidade, se observarmos o voto no CD, todos os eleitos, menos ele, rechaçaram essa nova proposta. Matematicamente, são quatro indicados e quatro eleitos para o CD da Cassi. Então, se cinco votaram a favor, foi com o voto do presidente do Conselho”, salienta.

“A contraproposta, na verdade, é a proposta do banco: cobrança por dependente, aumento da contribuição mensal do associado sem aumentar a do banco, cobrança diferenciada de ativos e aposentados. Eles, banco e Faraco, querem burlar o estatuto para não passar em consulta ao Corpo Social, um golpe à democracia da Cassi”, enfatiza.

Bancários Joinville apoiou a Chapa 3

“Conhecíamos as propostas da Chapa 3 através do companheiro Ivanilson que encontramos em Brasília, por ocasião de nossa reunião na CONTEC no início deste ano. Por isso, fizemos campanha de apoio a esta chapa, cujas propostas eram as melhores em nossa opinião”, assevera o presidente do Sindicato, Valdemar Luz. SEEB – São Paulo com edição Redação Bancários Joinville


Restabelecendo a Verdade

Documento escrito pelos eleitos na Cassi: Karen Simone D’Ávila, Ronaldo de Moraes Ferreira, Angelo Argondizzi e Leodete Sandra Cavalcanti Silva

Em resposta ao Boletim enviado em 20/06/18, pela Diretoria de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, é preciso esclarecer a realidade ao conjunto dos funcionários do Banco que, apesar de sermos representantes eleitos pelo funcionalismo, não temos como atingir todos os bancários como a direção do banco tem. Neste sentido, pedimos que os colegas nos ajudem a divulgar as informações abaixo:

1) É preciso desmontar a campanha de chantagem que o banco faz em relação aos associados. Se a CASSI fosse inviabilizada, o BB responderia milhares de ações judiciais seja pelos associados ou pelos prestadores. Teria que fazer um provisionamento bilionário no seu balanço para pagamento destas ações e a imagem do banco sofreria um prejuízo ainda maior. O fantasma da intervenção da ANS faz parte do cenário de medo que o BB tentar montar para aprovar sua proposta, mesmo a direção sabendo que o primeiro a ser responsabilizado é o patrocinador. Esta afirmação não foi feita por nós, mas pela própria consultoria contratada pelo banco em apresentação feita aos conselheiros da CASSI. Queremos a resolução do problema, mas não aceitaremos chantagens.

2) O responsável pela situação da CASSI é o Banco do Brasil. Sua política dos últimos anos de achatamento salarial com pagamentos indiretos através de PLR, vale alimentação e refeição, PDG, dentre outros, diminui as contribuições na CASSI e PREVI. Os planos de aposentadorias, reestruturações com descomissionamentos, além da não realização de concursos e novas contratações, são os principais responsáveis pela redução do custeio no plano de associados. O ritmo de trabalho e o assédio moral aumentam o adoecimento da categoria, fazendo com que os custos de utilização do plano sejam elevados.

3) O banco tem sido responsável por grande parte dos problemas de gestão da CASSI, seja por uma descontinuidade administrativa pela troca dos indicados várias vezes, seja por problemas em suas próprias diretorias, como é o caso dos investimentos em TI. É vergonhoso o banco fazer propaganda para aprovar um “memorando de entendimentos” que resolveria a questão financeira da CASSI e depois de um ano afirmar que o dinheiro não era suficiente. Lembramos que foi afirmado que o memorando resolveria o problema da CASSI até 2019.

4) Sobre a resolução da CGPAR, temos que esclarecer que não possui força de lei, portanto não faz exigência legal sobre a alteração do estatuto da CASSI. Mesmo se fizesse, a previsão para adequação é de 48 meses, a partir de 18 de janeiro de 2018. Por ser um ato interno do poder executivo, não existe nenhuma garantia que o novo governo mantenha sua vigência, além de já haver projeto de decreto legislativo que anula sua vigência.

5) A cogestão não onera a CASSI, ao contrário, garante que as decisões atendam os interesses dos associados e do patrocinador. O banco tem propagado informações acerca das indecisões na governança da CASSI como problema para andamento da gestão, porém não nos informa os números do total de decisões que foram solucionadas, bem como não informa a quantidade que se manteve sem decisão. Exigimos que isso seja informado aos associados!

6) Ao defender a criação de duas novas diretorias a serem entregues ao mercado e instituir o voto de minerva para o patrocinador, a proposta do BB não tem interesse de resolver um problema de gestão, pelo contrário, pretende entregar todo o poder ao banco e enfraquecer o poder dos associados, acabando com a paridade.

7) Importante afirmar que a proposta rompe com princípios da CASSI, pois penaliza quem adoece porque aumenta a coparticipação de quem ganha os menores salários e aposentadorias, pois pagarão um percentual maior do salário por dependente.

Diante disso, lamentamos a decisão do banco de não fazer um debate com o conjunto do funcionalismo e suas entidades sobre sua proposta. Não queremos monólogos de apresentações impostas em reuniões com gestores. Na condição de representantes eleitos, vamos manter nossa luta pela manutenção da solidariedade, paridade e contrário ao voto de minerva. Vem Pra Luta! A Cassi é Nossa!

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