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Reestruturação BB: Principais autoridades políticas de SC recebem ofício

Florianópolis – A Federação dos Bancários de Santa Catarina (Feeb-SC) enviou na data de 22/01 ofícios a várias autoridades de Santa Catarina, apresentando a importância do manifesto contrário a reestruturação imposta pelo Banco do Brasil.

Os ofícios foram encaminhados ao Governador do estado de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva, ao Presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM) Clenilton Pereira, aos Senadores Federais por Santa Catarina, Jorginho Mello, Dário Berger e Espiridião Amin e aos Deputados Federais por Santa Catarina, Hélio Costa, Daniel Freitas, Pedro Uczai, Caroline de Toni, Geovânia de Sá, Angela Amin, Carlos Chiodini, Fábio Schiochet, Carlos Zanotto, Celso Maldaner, Darci de Matos, Ricardo Guidi, Luiz Armando Reis, Rodrigo Coelho e Gilson Marques.

Abaixo, conteúdo do ofício na íntegra:

Assunto: Reestruturação do Banco do Brasil S.A

Ao cumprimentá-la cordialmente, a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Santa Catarina, vem apresentar a Vossa Excelência, as razões da importância de nosso manifesto frontalmente contrário à reestruturação imposta pelo Banco do Brasil S.A., divulgada em comunicado ao mercado na data de 11/01/2021.

Consideramos que essa reestruturação trará sérios prejuízos aos trabalhadores e à sociedade brasileira, pois prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários. Segundo o banco, serão fechadas 361 unidades, englobando agências, postos de atendimento e escritórios.

Um ponto que nos traz muita preocupação, se prende ao fato da desgratificação, dos Caixas Executivos, efetivos, que a partir de FEV/2021, perderão a efetividade do recebimento da gratificação de caixa, o que no nosso entender, é uma medida ilegal, pois fere o disposto no inciso VI, do artigo 7º., de nossa Constituição cidadã, que assim se pronuncia:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (…) VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; (…).

As medidas inseridas pela diretoria do banco, causarão profundos prejuízos à classe trabalhadora, aos usuários do sistema financeiro nacional e ao País. Dentre as mais nocivas destacamos o intuito de, por modo disfarçado, entregar a mãos privadas patrimônio do povo brasileiro, o Banco do Brasil.

Destacamos estudo efetuado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), mostrando que no Banco do Brasil há 20 mil empregos a menos, desde 2013 e 17 mil a menos, desde janeiro de 2016. Além disso, desde 2016, o banco fechou 1.072 agências e apresentou uma redução real de sua carteira de crédito da ordem de 29%. Esse cenário aponta para o esvaziamento do banco e mais amplamente, do papel dos bancos públicos na economia brasileira que cumprem função essencial”.

Portanto, solicitamos a Vossa Excelência, como representante do Estado de Santa Catarina, sua prestigiosa atuação em prol do posicionamento contrário à reestruturação anunciada, e a sua atenção para os prejuízos que tais medidas causarão aos trabalhadores e à população do Estado, a fim de que não seja cometido um gravíssimo ataque ao patrimônio dos trabalhadores e do povo brasileiro, que construíram com muito suor e trabalho, a história do Banco do Brasil.

Reiteramos protestos de admiração e respeito, e colocamo-nos à disposição.

Atenciosamente,

Armando Machado Filho
Presidente da Federação dos Bancários de Santa Catarina

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