Reivindicações da categoria já estão com os bancos; Baixe as pautas
Joinville – Na noite de uinta-feira 23, a CONTEC (Confederação Nacional dos Bancários) entregou, por videoconferência, a pauta de revindicações dos bancários do setor privado para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Na ocasião, o presidente da Contec, Lourenço Ferreira do Prado, cumprimentou o presidente da Fenaban, Isaac Sidney Menezes, bem como o diretor Henrique Szapiro e o negociador Adauto Duarte, além de membros da Comissão de Negociação e todos os dirigentes bancários que participaram do ato.
Na reunião, Lourenço do Prado registrou o pedido de renovação da CCT, com a retirada da limitação de idade para os dirigentes e o acréscimo de cláusulas relacionadas à preocupação com a covid-19 e ao trabalho home office, destacando para a necessidade de organização do um calendário de negociações construtivas e produtivas, para conclusão no próximo mês e, na hipótese de algum atraso, que seja assegurada a data-base da categoria e praticadas as cláusulas da CCT hoje vigentes.
“Embora seja um 2020 conturbado, com dificuldades para toda a população brasileira, estamos confiantes na construção de uma Convenção Coletiva de Trabalho e Acordos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que efetivamente atendam as expectativas e necessidades de nossa categoria”, diz o presidente do Bancários Joinville Valdemar Luz.
Reivindicações
Valdemar elenca abaixo as principais reivindicações dos bancários:
- Aumento real de salários em 5% e 10% sobre os tíquetes e cestas, além da inflação (INPC) dos últimos doze meses;
- Renovação e a garantia total dos atuais acordos coletivos;
- Estabilidade no emprego de todos os bancários;
– Aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); - Defesa intransigente dos bancos públicos;
- Fim das metas abusivas;
- Regulamentação do home office.
Na minuta há uma cláusula para regular o trabalho home office, que não deve ser imposto pelo banco, para estabelecer, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos empregados, assim como o fornecimento dos equipamentos ergonômicos. A cláusula também proíbe que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas, à exceção do vale-transporte/combustível, que deve ser fornecido com valor proporcional aos dias de comparecimento do trabalhador no banco, definindo que estes tenham de realizar suas atividades no próprio local de trabalho, pelo menos, uma vez por semana.
Os negociadores da Fenaban vão encaminhar proposta de três datas para início das negociações.
Banco do Brasil e Caixa
Foram entregues nesta sexta-feira 24, as pautas de reivindicações dos empregados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
O secretário-geral da CONTEC, Gilberto Antonio Vieira, cumprimentou os representantes do Banco do Brasil, Sr. Paulo César Neto, que substituiu anegociadora Karine Etchepare Wernz, e Srs. Rafael Saldanha e Anderson Andrei da Silva Santos, e todos os 40 dirigentes sindicais bancários que participaram do ato, registrando o pedido de renovação da ACT, com os acréscimos das cláusulas relacionadas à preocupação com o Covid-19 e o trabalho em home office, bem como os ajustes decididos no XLVIII ENCONTRO NACIONAL DIRIGENTES SINDICAIS BANCARIOS E SECURITARIOS CAMPANHA SALARIAL 2020, realizado no último dia 21 do corrente, destacando para a necessidade de organização de calendário de negociações para conclusão no próximo mês e, na hipótese de eventual atraso, que seja assegurada a data-base da categoria e prorrogado o ACT vigente até a assinatura de novo ACT.
O representante do Banco, Sr. Paulo César cumprimentou os dirigentes sindicais participantes do evento, justificou a ausência da negociadora Sra. Karine – que se encontra afastada do Banco esta semana –, e destacou que é mútuo o interesse de concluir as negociações no próximo mês de agosto e, prometeu que o Banco estudará e manterá contato para ajustarmos o calendário de negociações.
Na sequência, as partes passaram a debater sobre o comunicado de que trata a Portaria Conjunta 20 do Governo.
Portaria Conjunta 20
Na sequência da entrega da pauta ao Banco do Brasil, realizada na tarde desta sexta-feira (24/07), realizou-se também reunião por videoconferência sobre o comunicado feito pelo Banco, no último dia 21, em que o Banco informou a respeito de orientação aos gestores que permitem que os funcionários com autodeclaração de coabitação possam ser chamados para o trabalho presencial a partir da próxima segunda-feira (27/07), visto que perdem o status de equiparação aos colegas do grupo de risco e passam a ser enquadrados nas formas de trabalho disponíveis.
Na oportunidade, os dirigentes sindicais participantes da reunião ponderaram sobre o equívoco da orientação, especialmente no momento de expansão incontrolada da pandemia, bem como alertaram o Banco que muitos gestores não estão decidindo com acerto, mas cometendo excesso e convocando os autodeclarados para o trabalho presencial a partir da próxima segunda-feira, o que, entendem ser um absurdo, considerando que a maioria das unidades não contam com ventilação adequada, visto que não tem janelas e dependem exclusivamente de ar condicionado. Os dirigentes ponderaram que os autodeclarados podem continuar trabalhando em home office, atendendo virtualmente clientes, que não estão tendo a necessidade de ir às agências, evitando contaminações desnecessárias, e citaram até caso de funcionária com filha cadeirante com problema pulmonar, mas não conseguiram sensibilizar os representantes da empresa. Questionado se o Banco pretende testar os funcionários chamados para o trabalho presencial, o Banco informou que não.
O representante do Banco destacou que as orientações passadas não preveem convocação, mas permitem que os gestores avaliem a necessidade e, se preciso, chamem colegas para trabalho presencial. Diz que houve reuniões com os gestores da rede GEPES e da rede de atendimento.Registra que o comunicado feito no último dia 21observa o ACT sobre o covid firmado com a CONTEC e que os colegas do grupo de risco não serão chamados para o trabalho presencial. Destaca que orientações passadas aos gestores registra que: “Funcionário com autodeclaração de risco de grupo passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários”, não havendo orientações para convocação. Diz que o Banco do Brasil foi o único a abrir a possibilidade de autodeclaração para os que coabitam com pessoas do grupo de risco, equiparando-os com os colegas do grupo de risco – com afastamento de cerca de 13 mil colegas –, no início da pandemia, quando não se sabia muito sobre as medidas de segurança a serem adotadas, que hoje já são mais conhecidas.
Informa que maioria das agências estão trabalhando com o gerente, mais dois funcionários, necessitando do auxílio de mais colegas para darem conta das demandas, dizendo que os ambientes do Banco estão sendo considerados.
Justifica que a decisão é do administrador, recomenda ponderação com o gestor e pede para informar a GEPES onde estiver ocorrendo excessos, a exemplo de convocação.
Baixe aqui todas as pautas:
[ FENABAN ] [ BANCO DO BRASIL ] [ CAIXA ECONÔMICA FEDERAL]