Reunião com FENABAN: bancários cobram ações para proteger trabalhadores
São Paulo – Representantes do movimento sindical se reuniram por videoconferência nesta segunda-feira 13 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para dar continuidade às negociações sobre as medidas implementadas pelos bancos para o enfrentamento à pandemia gerada pelo coronavírus. Para manter a proteção de funcionários e clientes, o Sindicato e demais entidades representativas da categoria cobraram, mais uma vez, que o atendimento presencial nas agências seja feito somente com agendamento prévio e para os casos essenciais, que visam suprir a subsistência dos usuários e clientes.
Houveram avanços
Já houve um grande avanço no fato de que, hoje, já são mais de 230 mil bancários tem casa, em sistema de home office, com mais de duas mil agências fechadas em todo o Brasil. Há também o compromisso dos três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) em não demitir durante a pandemia. Hoje o movimento sindical conquistou o compromisso das agências e locais de trabalho terem máscaras de proteção, inclusive de acrílico, e o abastecimento de materiais de limpeza e higiene, com álcool em gel, conforme orientação do Ministério da Saúde. Mas os sindicalistas reforçaram a necessidade de haver testes, para que os funcionários possam ser diagnosticados de forma adequada e afastados se for preciso.
Os bancários são uma das únicas categorias que conquistou rapidamente a liberação de funcionários que estão no grupo de risco como gestantes, idosos, diabéticos, cardíacos, entre outros. E foi solicitada também a liberação de lactantes e mães com filhos pequenos, o que já está acontecendo em alguns bancos e os Sindicatos apelam que se amplie para todas as instituições financeiras. A antecipação da campanha de vacinação da gripe começa dia 15 de abril, iniciando nos locais onde a inscidência do coronavírus é maior.
Vacinação
Já temos as datas dos bancos abaixo. A vacinação contra H1N1 dos funcionários do Itaú, Bradesco e Santander são importadas e já estão chegando no Brasil. Confira como será a logística de distribuição por banco:
Itaú: Todos funcionários serão orientados pela rede interna já que muitos estão em trabalho remoto ou, em isolamento social, e uma parte das agências fechadas.
Bradesco: Para os que estão em trabalho remoto, a comunicação será por VPN. Já os demais, o banco ainda está estudando uma forma de incluir os dependentes. Logo mais informaremos.
Santander: A logística do banco é marcar uma central nas localidades e, vacinar em esquema Drive-Thru. Ou seja, vacinação sem sair do carro. Logo mais informações.
Sindicato cobra novas ações
Outra preocupação da categoria é o aumento das filas em agências. Nas últimas semanas, em função do pagamento dos aposentados e da liberação do auxílio emergencial do governo, há relatos, em todo o país, de agências lotadas, com pessoas aglomeradas dentro e fora das instituições bancárias. Os bancários reivindicam que os bancos contratem seguranças para organizar as filas, mantenham agendamento e só façam o atendimento em casos excepcionais.
“No nosso entendimento, não deveriam haver bancários nas agências que não o mínimo possível, como acontece quando há greve nas campanhas salariais”, alerta o presidente do Sindicato dos Bancários de Joinville, Valdemar Luz. “Estes trabalhadores precisam estar dentro das agências realizando o atendimento e não há possibilidade de sair para organizar as filas e prestar esclarecimentos à população. Por isso pedimos à Fenaban que os bancos adotem o atendimento mediante agendamento e contratem mais seguranças, além do fornecimento natural de todo equipamento de proteção necessário. Queremos auxílio-insalubridade, queremos estabilidade provisória para a categoria.”, assevera.
Medida provisória MP 927 de Bolsonaro é danosa ao trabalhador
Assim que a MP 927 foi editada, o movimento sindical convocou uma reunião com a Fenaban, destacando a importância do respeito à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e à negociação coletiva e, por isso, cobrou que não fossem adotadas as medidas previstas na MP.
O diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fausto Augusto Júnior, em entrevista concedida à Rádio Brasil Atual avaliou que “estamos num daqueles momentos em que o governo se aproveita da situação para priorizar bancos e empresas.”
Já para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, esta é mais uma das medidas provisórias editadas pelo governo que prejudica os trabalhadores. “Desde o princípio, o governo Bolsonaro só tomou medidas que beneficiam a classe empresarial em prejuízo dos trabalhadores. Não podemos esquecer que a versão original desta medida provisória autorizava que as empresas suspendessem os contratos de trabalho por até quatro meses e deixava os empregados por todo esse tempo sem qualquer remuneração”, lembra.
Fenaban lava as mãos sobre férias compulsórias impostas pelos bancos
Sobre as férias compulsórias e o banco de horas, estabelecidos por alguns bancos sem qualquer negociação com os sindicatos, a Fenaban reafirmou que a atitude está autorizada pela MP 927, que não exige o diálogo com as entidades sindicais. Os sindicalistas reclamaram por considerar este um método ruim porque viola a negociação. A Fenaban alegou que esse tipo de tratamento é melhor do que as demissões.
E pior… redução de jornada e de salários já é uma possibilidade
Outro informe passado pela Fenaban é que, em razão do agravamento da crise, não descartam a implementação da MP 936, que prevê a redução de jornada com diminuição salarial, além da probabilidade de suspensão de contrato com uma compensação do seguro-desemprego, a ser pago pelo governo.
“É um momento muito difícil para todos nós, mas não aceitaremos a perda de direitos. Não estamos falando de empresas de esquina, mas dos maiores conglomerados do mundo, o setor que mais lucra com a economia”, lembra Valdemar Luz. “Chegou a hora dos bancos mostrarem seu valor e sua contribuição com a nação”, conclui.
O Sindicato orienta que os trabalhadores que forem procurados pelo empregador para fazer acordo individual prevendo redução de salários procurem imediatamente a entidade através do e-mail contato@bancariosjoinville.com.br. Veja abaixo outras formas de contatar o Sindicato e se manter informado.
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