Salário médio mensal de brasileiro caiu 3,2% em 2015, diz IBGE
No ano em que o Brasil entrou oficialmente em recessão, o salário médio mensal do brasileiro e o número de trabalhadores empregados também registraram quedas históricas. De 2014 para 2015 houve uma redução de salário de 3,2%, já descontada a inflação, e um enxugamento de 3,1% em número de postos de trabalho com carteira assinada.
Esses são dados divulgados que constam no Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). De acordo com o levantamento, essa foi a primeira queda no pessoal ocupado total e no contingente de assalariados desde o inicio da série histórica, em 2007.
Os homens receberam, em média, R$ 2.708,22 em 2015, e as mulheres, R$ 2.191,59, o equivalente a 23,6% menos. O pessoal ocupado assalariado com nível superior recebeu, em média, R$ 5.349,89, enquanto o pessoal sem nível superior, R$ 1.745,62, renda 206,5% inferior.
Na comparação com o ano anterior, o rendimento das mulheres caiu 2,3%, o dos homens recuou 3,5%. Entre o pessoal ocupado assalariado sem nível superior, a queda foi de 4,3%, ao passo que os salários do pessoal com nível superior encolheu 3,8%.Os salários e outras remunerações totalizaram R$ 1,6 trilhão naquele ano
Emprego. Segundo o IBGE, o País tinha 5,1 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no ano de 2015, um aumento de 0,2%, ou 11,6 mil a mais que no ano anterior.
Essas empresas e organizações empregavam 53,5 milhões de pessoas, sendo 46,6 milhões (87%) como pessoal ocupado assalariado e 7 milhões (13%) na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações totalizaram R$ 1,6 trilhão naquele ano, com salário médio mensal de R$ 2.480,36, o equivalente a 3,1 salários mínimos.
Sudeste. As empresas e organizações formais ativas no País detinham 5,6 milhões de unidades locais. A Região Sudeste concentrou 2,9 milhões dessas unidades locais (51,1%), além de 26,9 milhões de pessoas ocupadas (50,2%), 23,2 milhões das assalariadas (49,8%) e R$ 840,3 bilhões (53,9%) dos salários e outras remunerações. Apesar de expressiva, foi a primeira vez que o Sudeste teve participação abaixo de 50% no pessoal ocupado assalariado desde o início da série histórica.
A seção “Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas” manteve a maior participação no total de empresas e outras organizações (39,2%), no pessoal ocupado (22,1%) e no pessoal ocupado assalariado (19,5%). Apesar disso, o segmento ocupou a terceira colocação (12,4%) em salários e outras remunerações.
No período de 2010 a 2015, as empresas e outras organizações formais geraram 3,6 milhões de novos vínculos empregatícios assalariados, sendo que 71,7% ocorreram em quatro seções: Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (29,4% do total); Saúde humana e serviços sociais (15,0%) Atividades administrativas e serviços complementares (14,1%); e Educação (13,1%). O Estado de S.Paulo