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Santander desrespeita acordo coletivo e pagará PLR somente dia 30

São Paulo – Com um lucro de R$ 7,120 bilhões no primeiro semestre deste ano, um montante 21% superior ao do mesmo período do ano passado, o Santander será o único banco que pagará a antecipação da PLR no dia 30 de setembro, descumprindo e desonrando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Segundo a CCT, os bancos têm até o dia 20 para fazer o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados relativa a 2019 aos bancários.

A justificativa do Santander é de que teria dificuldade em rodar duas folhas de pagamento, por conta do pagamento dos programas próprios, PPRS (Programa na Participação nos Resultados Santander) e PPG (Programa Próprio Gestão). Todavia, ambos só serão pagos junto com a segunda parcela da PLR, até 1º de março de 2020.

“A PLR é uma conquista histórica da categoria, cujas regras garantem a distribuição dos lucros cada vez maiores dos bancos para todos os seus trabalhadores. Isso foi firmado com todos os bancos, que já sabiam do prazo quando assinaram o acordo. O Santander, contudo, infringe mais uma vez o que firmou com os bancários. O lucro histórico de 2019 é fruto da entrega e do compromisso dos trabalhadores para dar conta das metas e de toda a sobrecarga de trabalho”, enfatiza Maria Rosani, representante do movimento sindical e bancária do Santander.

“O banco acha que são apenas 10 dias de atraso, mas isso compromete o planejamento e a organização das finanças dos trabalhadores. E se o funcionário atrasar em 10 dias o pagamento da fatura de seu cartão de crédito, o que acontece?”, indaga. “O pagamento da PLR dia 30 significa o trabalhador adiar as contas e as responsabilidades. O Santander já havia mudado no ano passado as datas do pagamento dos salários e do 13º de forma arbitrária e desrespeitosa com os que colaboram para o seu lucro astronômico”, acrescenta a dirigente.

Maria Rosani lembra que o Santander no Brasil responde por 29% do lucro global do banco e tem totais condições de honrar seus compromissos assumidos com os funcionários. “Recentemente, o banco foi novamente classificado como uma das dez melhores empresas pra se trabalhar. Melhor pra quem? Nem pagar a PLR em dia ele o faz, mesmo com total condição de organizar seu sistema pra rodar quantas folhas de pagamento fossem precisas”, finaliza. SEEB – São Paulo

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