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Santander lucra R$ 5 bilhões em nove meses, mas prossegue com demissões

Nos nove primeiros meses de 2016, o Banco Santander obteve um lucro líquido de R$ 5.340 bilhões, o que representa um crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2015, e 20% do lucro global, que chegou a 5,1 bilhões de euros, com alta de 17% em 12 meses. No entanto, mesmo assim, a instituição prossegue com a prática de redução de postos de trabalho. Neste ano, o banco realizou 2.495 demissões em todo o país. Em Brasília, foram eliminados mais de 65 postos de trabalho.

A receita do banco espanhol com tarifas bancárias cresceram 13,9%, em 12 meses, totalizando R$ 9,86 bilhões. As despesas de pessoal subiram 8,5%, atingindo R$ 6,38 bilhões. Com estas receitas cobradas dos clientes cobre 154,5% das despesas com pessoal.

O Santander tem como estratégia para a redução dos postos de trabalho a transformação das agências em unidades de negócios, o que acarreta na eliminação dos caixas, retirada de vigilantes e portas-giratórias, o que impacta diretamente no emprego, fragilizando a segurança de funcionários e população. Além de terceirizar o autoatendimento, o abastecimento permanente das máquinas pela empresa de transportes de valores e processamentos dos envelopes por prestadores de serviços.

O banco tem também fusionado agências, ou seja, coloca duas unidades funcionando no mesmo local. Na prática, ocorre que a equipe da agência que recebe a agência fusionada acaba atendendo as duas unidades, ou seja, o que contribui para a diminuição dos postos de trabalho, sobrecarregando e causando problemas de saúde aos trabalhadores.

O movimento sindical está atento e acompanhando todo o processo de demissões e a falta de funcionários nos locais de trabalhos, e cobra um posicionamento do banco com relação a essas questões. Seeb Brasília

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