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Santander: lucro chega a 12 bi, mas reunião com sindicalistas frustra expectativas

São Paulo – Nesta terça-feira 29, membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e representantes do Santander se reuniram, no âmbito do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), para discutir os aumentos abusivos nos planos de saúde, unificação de cargos e os novos modelos de agência. O banco não apresentou qualquer resposta para as reivindicações dos trabalhadores.

“A reunião frustrou nossas expectativas. O Santander não trouxe qualquer resposta para as nossas reivindicações e apenas tentou justificar suas negativas para as demandas dos funcionários, responsáveis em 2018 pelo melhor resultado de sua história no Brasil, país do qual retira a maior parte do seu lucro mundial. Mais uma vez os trabalhadores brasileiros do Santander foram desrespeitados”, indigna-se a sindicalista e bancária do Santander, Maria Rosani.

Plano de saúde

Sobre os aumentos abusivos nos planos de saúde dos funcionários, os representantes dos empregados reivindicaram que o banco reveja o modelo de coparticipação nos casos de doenças crônicas, atendimento de emergência e enfermidades graves, implantando teto mensal de 30% sobre o salário para essa cobrança.

O banco não apresentou resposta para a reivindicação e se comprometeu apenas a realizar levantamentos sobre o impacto da coparticipação.

Unificação de cargos

Também foi apresentado o novo modelo de atendimento que o banco pretende implantar, de forma unilateral, ainda no primeiro trimestre. Trata-se da criação de um cargo único chamado Gerente de Negócios e Serviços, incorporando as atuais funções de caixa, agente comercial, coordenador e gerente de pessoa física.

A mudança tem gerado grande preocupação entre os trabalhadores, uma vez que alguns gestores afirmam que todos os funcionários terão de ter a certificação Anbima. Na avaliação do Sindicato, os trabalhadores terão prazo de um ano após a unificação de cargos para se certificarem junto à Anbima, conforme resolução nº 3158 do Banco Central.

O banco informou que os funcionários afetados manterão as atuais gratificações, comissões e carga horária. Porém, sem dar maiores detalhes, comunicou que a remuneração variável deve sofrer alterações.

A COE cobra que a mudança não acarrete em qualquer prejuízo para os trabalhadores como, por exemplo, redução do quadro de funcionários, desvio de função, terceirização e aumento da sobrecarga de trabalho e da cobrança abusiva por metas.

O Santander ficou de apresentar maiores detalhes do projeto na próxima reunião, agendada para o dia 13 de fevereiro.

Agência Work Café

Sobre as agências “work café”, projeto piloto colocado em prática em São Paulo e Rio de Janeiro, os membros da COE apresentaram ao banco diversas irregularidades identificadas nas duas unidades em funcionamento: espaço pequeno, mobiliário não adequado, funcionários sentados na quina da mesa e sem espaço para utilização de computador, terceirização de função bancária, entre outras.

Os representantes do banco afirmaram que, por ser um projeto piloto, o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) será acionado para realizar as devidas adequações.

“A próxima reunião está marcada para o dia 13 de fevereiro. Esperamos que o Santander mude essa postura desrespeitosa com os trabalhadores e apresente respostas concretas para as nossas reivindicações”, conclui Rosani.

Lucro do Santander alcança 12 bilhões em 2018

O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,336 bilhões no 4º trimestre de 2018, o que representa um crescimento de 9,8% na comparação com o 3º trimestre (R$ 3,039 bilhões). Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, alcançou R$ 3,405 bilhões nos últimos 3 meses do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (30).

No acumulado em 2018, o lucro líquido do Santander somou R$ 12,166 bilhões, alta de 52% na comparação como 2017 (R$ 7,997 bilhões). Já o lucro gerencial alcançou R$ 12,398 bilhões.

A carteira de crédito total somou R$ 305,2 bilhões ao final de dezembro, uma expansão de 12% na comparação anual, impulsionada pelos segmentos de pessoa física e financiamento ao consumo.

O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, atingiu 19,9% em 2018 alta de 3 pontos percentuais na comparação anual. No trimestre, a rentabilidade atingiu 21,1%.

O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,1% no final de dezembro, ante 2,9% no final de setembro. SEEB – São Paulo com G1

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