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Santander segue lucrando e extinguindo empregos

São Paulo – O Santander continua lucrando alto no Brasil, mesmo na crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19. Segundo balanço do banco divulgado nesta quarta-feira 29, o lucro líquido gerencial no primeiro semestre do ano foi de R$ 5,989 bilhões. O resultado foi de queda (15,9% em relação ao mesmo período de 2019 e de 44,6% em relação ao trimestre anterior), mas apenas porque o banco aumentou a chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que é a provisão feita pelos bancos para cobrir possíveis calotes. Por conta da crise do coronavírus, o banco aumentou essa provisão. Sem o aumento da PDD, o lucro do banco seria de R$ 7,749 bilhões e, nesse caso, a alta seria de 8,8% em 12 meses e de 1,1% no trimestre.

O Brasil não só continua liderando o resultado global do grupo espanhol, como aumentou seu percentual nesse resultado: o lucro obtido no país representou 32% do lucro global que foi de € 1,908 bilhão.

Mesmo com esse resultado e apesar de ter assumido o compromisso de não demitir durante a pandemia, o banco continua extinguindo empregos no Brasil. Em 12 meses (de junho de 2019 a junho de 2020), foram fechado 2.564 postos de trabalho, sendo que 844 apenas no segundo trimestre, ou seja, durante o período de pandemia da Covid-19. Foram fechadas 93 agências em doze meses, sendo 50, entre março e junho de 2020.

O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE), ou seja, a rentabilidade do banco, ficou em 17,1%. Novamente, houve queda, de 4,2 p.p. em doze meses, apenas por conta da PDD. Excluindo o efeito da PDD adicional, a rentabilidade do banco ficaria em 22,1%. A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 18,4% em doze meses, atingindo R$ 466,7 bilhões.

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