Sindicalismo prepara protesto forte e nacional, quarta (15)
Convocados pelas Centrais, Confederações, Federações e Sindicatos, trabalhadores de todo o País farão atos nas fábricas, bancos, lojas e ocuparão as ruas quarta (15) contra as reformas neoliberais de Temer. Será o Dia Nacional de Protestos, que contesta as reformas da Previdência e trabalhista, como também o PL das terceirizações.
A Federação Nacional dos Portuários (FNP), filiada à CUT, aprovou paralisação de 24 horas em todo o País. A decisão ocorreu em plenária encerrada sexta (10), no Rio de Janeiro. Também participam do movimento as Federações nacionais dos estivadores (FNE) e dos conferentes e consertadores de cargas (Fenccovib).
A Agência Sindical falou com o presidente da FNP, Eduardo Guterra, para quem a mobilização da categoria, dia 15, visa, além do combate às reformas, denunciar mudanças na legislação que podem prejudicar portuários em todo o Brasil. “A plenária reuniu 213 dirigentes. Paralisaremos as atividades por 24 horas, unindo nossa voz aos movimentos sindical e social que chamam o protesto”, diz.
Condutores
Motoristas e cobradores da capital paulista também aprovaram paralisação. “O ato será um forte protesto da categoria contra essas reformas, que o governo quer empurrar goela abaixo do trabalhador. Querem massacrar a classe trabalhadora. Vamos reagir”, afirma Valdevan Noventa, presidente do Sindicato dos Condutores, filiado à UGT.
Assembleia dia 9 deliberou que a paralisação começa à zero hora da quarta (15), devendo se estender até as 8 da manhã. Haverá passeata, saindo às 15 horas da sede do Sindicato, na Liberdade, para a avenida Paulista.
Metalúrgicos
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Sindical, mobiliza a categoria e toda a população para o protesto. “O 15 de março é paralisação geral”, ressalta a palavra de ordem da entidade. “Se o governo quer arrumar a casa, comece cortando os privilégios da classe política mantidos com o dinheiro público”, afirma o presidente da entidade, Sérgio Butka.
Assembleias, atos e paralisações da categoria ocorrem também em São Paulo, Guarulhos, Osasco, São José dos Campos e no ABC. Os dirigentes vão concentrar esforços em várias fábricas, no início da manhã. À tarde, participam do ato na Paulista.
Ponte
Miguel Torres, presidente do Sindicato da Capital (Força), informou à Agência Sindical que os metalúrgicos devem ocupar a Ponte do Socorro, na Zona Sul paulistana, pela manhã. Segundo o dirigente, outras categorias devem se somar ao ato. “Será uma resposta forte da classe trabalhadora, porque as reformas são violentas contra o trabalhador da ativa, os aposentados e as futuras gerações”, diz.
FORMAS
Haverá muitos movimentos e vários formatos nessas manifestações. Por exemplo: o Sindicato dos Comerciários de Tupã (SP) promoveu ato no domingo (12), com sindicalistas de várias categorias. O foco foi o combate à reforma previdenciária.
O Sindesporte, com atuação na Capital e várias regiões do Estado, vem panfletando clubes e academias. Seu presidente, Jachson Sena Marques, comenta: “Caiu a ficha do trabalhador. O pessoal está entendendo que a reforma é draconiana. Tem gente que pede o boletim e leva pra casa, porque quer conversar com a família sobre o assunto”. Reporte Sindical