Sindicalistas se reúnem com BB sobre reestruturação; Vai ter luta
Joinville – Na manhã desta quinta-feira 14, a Confederação dos Bancários CONTEC através de seus representantes, reuniu-se com a representação do Banco do Brasil, com o intuito de negociar uma forma de minimizar os efeitos danosos, ao funcionalismo e à população brasileira, de um modo geral, com relação ao Plano de Reestruturação com fechamento de unidades, e Planos de Desligamentos de funcionários, além da “desgratificação” dos Caixas Executivos Efetivos.
Tais medidas foram impostas à população brasileira e aos funcionários da Instituição, sem que tenha havido qualquer tipo de negociação com as Entidades Sindicais, mostrando-se extremamente prejudiciais aos atingidos pelas medidas, haja vista que saiu beneficiado apenas o Banco do Brasil, em sua busca desenfreada por lucros.
A comissão CONTEC, deixou claro aos representantes do Banco, que não aceita e por esta razão, não medirá esforços para coibir a retirada da gratificação de caixa, do pessoal que exerce a atividade de forma efetiva, um vez que esses colegas já pautaram suas vidas financeiras com base na atual remuneração e não podem, de uma hora para outra, se verem em dificuldades financeiras, só porque o Banco quer reduzir despesas, mesmo que para tanto, tenha que desrespeitar o direito de não redução salarial, previsto em nossa Constituição cidadã.
Outra questão discutida, foi a que trata das remoções compulsórias. Quando se solicitou ao Banco, que evite as transferências para agências que não estejam localizadas em cidades limítrofes e que distem mais que 50 km, da cidade de origem.
Com relação a este ponto, a representação da Empresa informou que em sua avaliação, não haverá remoções. Quando denunciamos que havia gerentes implantando o terror entre o funcionalismo, os obrigando a escolherem agências para serem transferidos, nos foi solicitado que identificássemos os casos, que medidas seriam tomadas.
Já com relação ao fechamento e transformação de agências em postos de serviço, deixamos claro ao Banco, que não concordamos com a prática e até colocamos o movimento sindical, à disposição do Banco, para juntos encontrarmos uma saída para o caso.
Outro ponto colocado em discussão, se relaciona às horas negativas do pessoal do grupo de risco, que segundo o ACT Covid, a compensação em 18 meses se referia as horas negativas acumuladas até 31/12/2020 e que daí para frente, tal compensação, obedeceria as regras do ACT- 2020/2022, que prevê um prazo de seis meses, para liquidação da pendência.
Tratou-se também do perdão das horas negativas, daqueles colegas que aderirem a qualquer um dos planos de desligamentos, tendo o Banco informado que em breve, trará uma resposta para os dois casos.
Já com relação ao Plano de Saúde, dos colegas oriundos de bancos incorporados, o Banco informou que por ser questão que se encontra na esfera judicial, não haveria espaço para tratar do assunto nesta mesa.
“Deixamos claro ao Banco, nossa insatisfação, em razão de os planos de desligamentos, serem destinados a determinados colegas, quando deveriam permitir que todo aquele que quisesse sair do Banco, podesse aderir ao plano de desligamento, de uma forma mais democrática”, disse o representante de Santa Catarina, Luiz Francisco Cardoso.
“Também denunciamos administradores que têm pressionado colegas a aderirem aos planos de desligamentos, inclusive com ameaças veladas. Por fim, dissemos ao Banco, que não vemos com bons olhos a mudança de nomenclatura dos escriturários, pois temos receio que esta inocente mudança de nomenclatura de cargos no Banco, sirva para que mais tarde, o Banco se utilize dessa mudança, para prejuízo ao funcionalismo, em cobranças desmedidas, neste caso para igualar todos a vendedores, esquecendo do papel social do Banco”, conclui Luiz.
Os representantes do Banco do Brasil, informaram que as medidas estão ocorrendo por conta das mudanças do cenário nacional e que o Banco está se adequando para se tornar competitivo, tendo se comprometido a levar e defender nossas reivindicações, junto a direção da Empresa, com a promessa de uma resposta, o mais breve possível.
O presidente do Bancários Joinville, Valdemar Luz, condenou a forma unilateral que o Banco utilizou para o anúncio de implantação das medidas de reestruturação, “que trazem fechamento de agências, redução de quadro, transferência de funcionários, desgratificações e outras maldades ao funcionalismo e informou que continuará lutando para que haja a revisão das medidas e a análise das reinvindicações apresentadas”.
Essa é a segunda reunião que a CONTEC e Representantes de Entidades Sindicais realizam com o Banco do Brasil, após o anúncio da reestruturação, em busca de melhores dias ao funcionalismo. Mais reuniões ocorrerão em breve.