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BB amplia número de escritórios digitais e prejudica bancários e clientes

O Banco do Brasil prossegue avançando a passos largos na ampliação do número de escritórios digitais, como parte de seu projeto de implantação de um novo modelo de atendimento suportado inteiramente por plataforma digital em todo o país. O BB foi o banco que mais fechou agências no primeiro semestre deste ano, com 563 unidades físicas encerradas.

A exemplo da reestruturação iniciada em 2016 com o argumento de redução de custos, todo esse processo representa mais uma face do desmonte do banco público, que na prática representa o enfraquecimento da “imagem” do BB junto à população, uma vez que segue um viés neoliberal, numa economia projetada para a iniciativa privada.

“O BB é uma instituição sólida e com uma bela história construída por seus funcionários. Porém, com o discurso do governo e da atual direção de ‘modernização’, na verdade a empresa está sendo sucateada, além de desgastada perante a opinião pública. Não nos esqueçamos que os grandes empresários e políticos interesseiros fizeram o mesmo discurso para aprovar a famigerada reforma trabalhista”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasilia, Jefão Meira, também funcionário do BB.

Redução de postos de trabalho

A implantação de escritórios digitais – parte da política do BB de redução dos postos de trabalho – causa piora nas condições de trabalho, com sobrecarga de serviços e risco de fraudes. Crescem os registros de transtornos e a insegurança dos que ficam nas agências, aumentando a pressão por metas, os casos de assédio e, consequentemente, o de adoecimentos, como estresse, depressão e síndrome do pânico, além do uso excessivo de medicação de tarja preta.

Além disso, a precarização dos serviços favorece a perda de clientes e, em algumas situações, pode até ocorrer agressões aos funcionários por conta da insatisfação pela demora no atendimento. E a imposição do banco para o uso dos canais digitais também acaba excluindo aqueles de baixa renda ou com pouco ou nenhum acesso à tecnologia, descaracterizando a sua função de banco público, um banco de e para todos os brasileiros.

Reclamações de clientes

A sobrecarga de trabalho vem comprometendo a qualidade do atendimento. Dados do Banco Central apontam que a reclamação mais recorrente é a de insatisfação com o atendimento prestado por agências, o que está piorando com a ida de funcionários para os escritórios digitais. Ao todo, foram 9.171 ocorrências, o que representa 12% das reclamações de clientes do BB entre 2015 e 2017.

Ofício à Superintendência do BB

Por meio de denúncias e visitas regulares, o Sindicato constatou que nos escritórios digitais as condições de trabalho deixam a desejar, há sobrecarga de serviços e metas abusivas, fraudes e grande incidência de adoecimento entre os funcionários.

Assim que tomou conhecimento do projeto de migração para os escritórios digitais, o Sindicato protocolou ofício junto à Superintendência do Banco do Brasil solicitando a suspensão do processo de reestruturação nas agências do DF, anunciado na semana passada. A iniciativa é um encaminhamento definido na plenária realizada pelo Sindicato com bancários do BB.  Fonte BancáriosDF

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